Inter pagou mais de R$ 20 milhões por mês com futebol e bateu recorde

Em busca de um título para encerrar o jejum, o Internacional investiu na formação de um time recheado de estrelas. As taças ainda não vieram, mas a conta já chegou. Entre janeiro e março de 2024, o clube gaúcho gastou R$ 61,2 milhões com o pagamento de salários, direitos de imagem e encargos trabalhistas e previdenciários dos jogadores e das comissões técnicas, incluindo categorias de base e futebol feminino. Isto equivale a uma média de R$ 20,4 milhões por mês, um recorde absoluto.

Comparativamente, no mesmo período do ano passado, o “custo com futebol” foi de R$ 41,8 milhões, com uma média de R$ 13,9 milhões por mês. Em 2022, os gastos foram um pouco maiores, totalizando R$ 46,8 milhões, com uma média mensal de R$ 15,6 milhões.

Por que o custo com futebol aumentou tanto?

A formação de um elenco competitivo inevitavelmente inflaciona a folha salarial. Lucas Alario foi um dos reforços trazidos no início deste ano, aumentando significativamente os gastos mensais do clube. Além dele, outros jogadores de renome foram contratados para reforçar o time, elevando o nível e, consequentemente, os custos.

No primeiro trimestre de 2024, os R$ 61,2 milhões gastos representam 27% do orçamento total proposto para o futebol neste ano. Para alcançar a meta de despesas, o clube precisará fazer ajustes nos nove meses restantes.

Quais as medidas tomadas para reduzir os gastos?

O Internacional já está tomando medidas para diminuir os gastos. Conforme divulgado, saídas confirmadas de jogadores como Maurício, Aránguiz, Hugo Mallo e Matheus Dias contribuirão para a redução da folha salarial no segundo semestre. Além destes, a expectativa é que outros atletas também deixem o clube, o que ajudará a equilibrar as contas.

Os números do balancete divulgados entre janeiro e março mostram um déficit de R$ 71,2 milhões. A situação se agravou até abril, quando o déficit atingiu R$ 98,6 milhões, segundo dados apresentados em uma reunião do Conselho Deliberativo.