Jornalistas relatam ter sido agredidos e presos por PMs em protesto

Ao menos quatro jornalistas foram agredidos e três foram presos, nos protestos contra o reajustes de ônibus, Metrô e trens da CPTM, realizados na noite da última terça-feira, 11, sendo que, Pedro Nogueira, de 27 anos, continua detido em uma delegacia da capital. Os profissionais estavam a serviço de suas empresas (Folha, R7, Uol e Portal Aprendiz) quando teriam sidos interpelados de forma agressiva por policiais militares e conduzidos ao 78ºDP (Jardins). Profissional do Portal Aprendiz, Pedro Nogueira cobria a manifestação, quando teria visto duas amigas sendo encurraladas por PMs, o repórter foi ao encontro delas e se postado na frente do policial, sendo agredido e preso, conta a mãe do rapaz, em entrevista ao portal Terra. A Associação Cidade Escola Aprendiz divulgou nota de repúdio contra os ataques sofrido pelos jornalistas que acompanhavam o ato. Pedro, foi indiciado por formação de quadrilha e dano qualificado, crimes inafiançáveis. Por ter nível superior, deve ser conduzido à carceragem do 2ºDP (Bom Retiro), onde deve aguardar decisão do juíz.

Outros três repórteres, mesmo identificados com crachás, alegaram ter tido problemas com policias militares. Na Avenida Paulista, o repórter Leandro Machado, contou que,  “chegou um policial com cassetete e disse se você não sair vou te bater’. Eu mostrei meu crachá, mas ele disse que isso não significava nada para ele”, narrou o jornalista. Ao seu lado estava o fotógrafo do Uol, Leandro Morais, ambos foram detidos e conduzidos até o 78ºDP, numa viatura da PM. Os dois foram liberados horas depois. O repórter da Folha teria sido informado que sua detenção, se deu por conta de “atrapalhar a ação da polícia”. O último caso foi o registro de um profissional do portal R7, da TV Record. Segundo o jornalista Fernando Mellis, ele estava na companhia da fotógrafa Daia Oliver, da mesma empresa, quando presenciaram PMs detendo um manifestante, no momento que estavam próximos, os policias começaram a dispersar quem chegava perto, “eu me identifiquei, mostrei o crachá. Porém, fui puxado pelo braço por um deles, que me bateu com o cassetete, nas costas”.