Jovem morre na Zona Leste, e família vela o corpo por 18h até a chegada do IML

O assassinato de Edson Rodrigues, de 33 anos, na região de Guaianazes, no extremo Leste da capital, demonstra mais uma vez a falta de comunicação entre as polícias e principalmente um descaso à vida humana e consequentemente aos familiares de vítimas de mortes violentas, que desta vez velaram por quase um dia o corpo do ente.

A vítima voltava de um baile funk, quando por volta das 5h30 do último domingo, 11, dia das mães, foi alvejado por um disparo de arma de fogo, na esquina da Estrada de Poá com a Rua São Carlos de Jacuí, na Vila Gertrudes, a um quilômetro da estação Guaianazes da Companhia Paulista  de Trens Metropolitanos (CPTM). O rapaz morreu no local, bem em frente ao muro que separa os trilhos ferroviários da linha 11 – Coral, da via. Começava aí, mais uma agonia que atinge milhares de famílias e, já virou rotina na periferia de São Paulo.

Do momento em que foi constatada a morte até a chegada da perícia e do carro de remoção de cadáveres do Instituto Médico Legal (IML), foram mais de 18 horas de uma cena chocante para quem se deslocava pelo bairro. Durante o período, familiares do jovem velaram o corpo na sarjeta, já que Edson Rodrigues ficou caído bem no meio-fio do cruzamento. O pai da vítima foi uma das pessoas que passaram a manha, a tarde e a noite no local. Uma viatura da Polícia Militar preservou a área. Já a única equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que estava de plantão, teria ido atender uma ocorrência em Parelheiros, no extremo Sul, ou seja, a 65 quilômetros de distância de Guaianazes.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas até a publicação da matéria, não tinha obtido resposta da demora na realização da perícia e remoção do corpo.

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