Loteria da Bolsa de Valores: projeto autorizado; entenda

Foi apresentado esta semana pelo Estado de São Paulo o projeto de concessão para a iniciativa privada da nova Loteria Paulista.

A Assembléia Legislativa aprovou o projeto em junho do ano passado, e os planos governamentais são de publicar o edital em 25 de fevereiro e realizar o leilão no dia 29 de março na B3 (Bolsa de Valores do Brasil).

O vencedor garante a responsabilidade da implementação operacional da nova loteria.

Expectativas do governo

O Governo do Estado de São Paulo tem como expectativa um potencial de mercado de R$14,1 bilhões por ano nas próximas duas décadas.

O especialista em estudos para Projeto de Manifestação de Interesse (PMI) da GCL Consultoria Econômica, Gustavo Viscardi, afirma que o potencial é ainda maior e pode chegar a R$23,5 bilhões por ano.

Entre as loterias envolvidas estão jogos de prognósticos numéricos, prognósticos específicos e esportivos.

Além disso, também entra a modalidade passiva, na qual o apostador compra o bilhete já numerado. Nessa modalidade também faz parte as raspadinhas e apostas de cota fixa (bolão).

Foi quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em 2020 que essa atividade não poderia ser monopólio federal que a ideia da criação de loterias estaduais foi possibilitada.

Onze grupos já apresentaram propostas de modelos ao governo paulista, que optou por conceder a apenas uma empresa toda a operação estadual de loterias.

Viscardi diz acreditar em uma competição significativa no leilão que está previsto para acontecer em março deste ano.

De acordo com ele, há certa preocupação dos investidores com a possibilidade de uma futura entrada de outros grandes municípios no mercado de loterias estaduais.

“Há bastante espaço para aumentar a cultura do brasileiro em apostar e usar mais as loterias. Quando houver esse movimento com várias novas empresas, é como jogar um fermento para o bolo crescer como um todo. Cada fatia será maior que o bolo original, mas esse fermento também tem um limite.”, declarou.