Lula recebe alerta do Banco Central

A imprevisibilidade a respeito das medidas fiscalizadoras do governo eleito levaram o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) a fazer um discurso mais rígido a respeito das consequências drásticas que um governo do qual possui uma desregulamentação fiscal pode provocar.

Através de uma ata nas reuniões que foram realizadas entre os dias 6 e 7 de dezembro, o Banco Central ressaltou que, nessa ocasião, o tema foi extensamente discutido. Com isso, ele também deixou claro que não pensará duas vezes em retomar o ciclo de ajustes caso os índices de desinflação não ocorram como o esperado.

Especialistas e economistas dizem que a medida tomada pelo Banco Central é bastante rígida. Tal postura é implantada porque a expectativa é de que haveria um corte na taxa Selic na segunda metade do ano de 2023. Contudo, esse corte não deve acontecer de forma alguma.

Banco Central faz um alerta sobre os riscos do desarranjo fiscal

Entretanto, o BC prevê que as grandes taxas de juros podem regressar as suas forças, dependendo das decisões que o novo governo escolher tomar. O Copom também ressaltou que os efeitos dos preços internos podem ser influenciados por uma natureza externa ao governo – fatores que podem ser considerados como “voláteis”.

Sendo assim, segundo as declarações feitas pelo ex-diretor do BC – Tony Volton -; tais fatores externos possuem mais poder em definir alterações das políticas do Banco Central do que o aumento de gastos do novo governo. Assim, a falta de clareza fiscal pode prejudicar o crescimento da perspectiva global