Madrugada registra alto índice de violência na Virada Cultural; cinco são baleados

“A PM está mais preocupada em pegar ambulante e apreender vinho, do que ir atrás de ladrão”, diz uma mulher que curtia a décima edição da Virada Cultural próximo ao palco instalado na Rua Líbero Badaró. Aliás, a região do Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, foi uma das preferidas dos grupos entre 15 e 20 pessoas, que tiraram a madrugada deste domingo, 18, para furtar e roubar as pessoas que curtiam a maratona de shows promovida pela prefeitura da capital.

O evento que teve início às 18h de sábado, 17, deve terminar às 18h deste domingo com o show da funkeira Valeska Popozuda. Os assaltos, alguns à mão armada começaram por volta da 1h, porém, arrastões já eram registrados no final da noite, por volta das 23h. Assim como no ano passado, os itens mais visados são celulares, tênis, bonés e correntes, objeto que possuem algum valor e são fáceis de serem tomados.

A reclamação dá mulher no início da matéria tem sua lógica. Grupos de PMs corriam e cercavam ambulantes que comercializavam produtos, porém, muitas pessoas reclamavam que eram assaltadas ou furtadas e agredidas e, os PMs demoravam para chegar até o local, enquanto os suspeitos se embrenhavam em meio à população. Por volta das 13h30 em um balanço extra-oficial, cerca de 120 pessoas haviam sido detidas pela Polícia Militar e pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). Cinco pessoas foram baleadas, sendo que três permaneciam internadas na Santa Casa, em Santa Cecília. Outros duas pessoas esfaqueadas também foram atendidas no pronto-socorro. Ainda na tarde deste domingo, delegacias da região central atendiam ocorrências relacionadas à Virada Cultural, casos do 1° DP (Sé) e 2° (Bom Retiro).

Foto: Cristiano Novais/CPN/Estadão Conteúdo
Foto: Cristiano Novais/CPN/Estadão Conteúdo