Marcha Antifa são “babacas e molecotes que não apanharam dos pais”, diz Marcha da Família

Cerca de 1 hora depois do início da Marcha da Família e da Marcha Antifascista, ambas realizadas na região central de São Paulo, os grupos ainda se concentram na Praça da República e nas escadarias da Catedral da Sé, respectivamente. Por volta das 16h, mais pessoas chegavam aos dois pontos, que promovem atos de ideologia bem distinta.

Com um carro de som bem em frente à Secretaria da Educação, um grupo de não mais de 250 pessoas clamam por valores da família, tais como valores morais. Muitos dos manifestantes do ato pedem o deputado federal carioca, Jair Bolsonaro como presidente do Brasil. Quase a totalidade dos participantes pregam um golpe militar, assim como o que aconteceu em 1964. Muitos idosos participam do ato, a maioria com bandeiras do Brasil presas ao corpo. Poucos policiais militares estão no local. Do alto do carro de som, uma das organizadoras disse, “vamos rezar, vamos caminhar, vamos à Sé, a polícia está com a gente”. Um outro manifestante pegou o microfone e de forma exaltada xingou os presentes no outro ato. “Marcha dos babacas, dos molecotes que não apanharam dos pais, que estão na Praça da Sé”. Após a fala, o hino nacional começou a ser executado.

Fotos: Jessica Santos Souza

Já na Marcha Antifascista um grupo de cerca de 500 pessoas estão concentradas na Praça da Sé. No local, pode-se notar um grande grupo de policiais militares, munidos com escudos. Os presentes ao manifesto, empunham bandeiras vermelhas e amarelas no ato, que se intitula antifascista, antinazista e antigolpista. Um dos motes da Marcha Antifascista é “ditadura nunca mais”.