‘Marcha da Família’ pede PM temendo confronto com Antifa no Centro de SP

A região central de São Paulo, mais precisamente a Praça da Sé e a Praça da República devem receber duas manifestações com ideologias bem distintas a partir das 15h deste sábado, 22. De um lado, estará a ‘Marcha da Família com Deus’, que prega entre muitas coisas, a retomada do poder por militares, assim como ocorreu em 1964, no que deu início da ditadura no Brasil. Do outro lado, integrantes de grupos de esquerda e simpatizantes do movimento antifascista, que além reunir punks, tem vários adeptos da tática black-bloc.

O clima de guerra foi alimentado por ambas as páginas de divulgação no Facebook, convocando pessoas para estarem no ato que mais se simpatiza. No caso da Marcha da Família, organizado por Contragolpe Militar, cerca de das mil pessoas confirmaram presença. Os principais ataques são contra os comunistas, chamados de “traidores da pátria”, “idiotas” e “ignorantes”. Nas publicações dos seguidores fica clara a intenção da volta do regime militar. Em uma delas, seguido dos logotipos, são chamados para marcha homens do exército, da Polícia Militar de São Paulo e “seguranças da marcha”. Em um texto, há um alerta quanto a segurança dos participantes. “Fiquem tranquilos com relação à segurança. Haverá policiamento reforçado e o evento já foi protocolado na Polícia Militar de São Paulo”.

O trajeto deverá passar pela Avenida São Luís, Rua Coronel Xavier de Toledo, Viaduto do Chá, Rua Líbero Badaró, Largo de São Francisco, Rua Senador Feijó e Praça da Sé.

Marcha Antifascista

Com o mote “ditadura nunca mais”, cerca de 7 mil pessoas confirmaram via página no Facebook presença na Marcha Antifascista, que deve sair em caminhada da Praça da Sé, até o antigo prédio do DOPS (Departamento de Ordem Pública e Social), na região da Estação da Luz, para onde eram levados presos políticos e subversivos presos durante o golpe militar, que durou de 1964 a 1985.

Organizado por Ação Antifascista Brasil, um texto foi divulgado ainda na manhã deste sábado, dizendo que a presença de black-blocs é bem vinda, mas para que não quebrem patrimônios públicos. Os organizadores também disseram que mudaram o percurso para evitar confronto com a outra marcha.

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