Ministério da Economia visa o 3º corte no Orçamento; Valor pode superar R$ 5 bilhões

O governo fará, nesta sexta-feira (22), um novo corte no Orçamento Federal. Cerca de R$ 8,7 bilhões já haviam sido bloqueados, e agora a nova quantia envolvida é de R$ 5 bilhões, necessária para manter o estipulado dentro do teto de gastos.

Um novo relatório bimestral foi encaminhado ao Congresso Nacional pelo Ministério da Economia. O documento contém avaliações de despesas e receitas do Orçamento, trazendo cortes e áreas afetadas. Um coletiva está prevista para ser realizada na próxima segunda-feira (25), com integrantes da pasta.

O corte já é o terceiro anunciado pela gestão econômica do Brasil durante 2022. O primeiro, de R$ 1,7 bilhão, foi realizado no fim de março mas não teve seu destino esclarecido. A ação ficou conhecida como orçamento secreto.

Já o segundo corte no Orçamento no valor de R$ 6,96 bilhões de pastas diferentes foi feito em maior e alterado em junho. No movimento foram afetadas as áreas da Ciência, Tecnologia e Inovações, com R$ 2,5 bilhões, Educação, com R$ 1,59 bilhão, e Saúde com R$ 1,25 bilhão.

Para Welder Rodrigues Lima, especialista em Gestão Orçamentária e Financeira do Setor Público, as pastas atingidas podem ter que adiar a execução de alguns projetos que poderiam trazer benefícios aos usuários de serviços públicos, além de comprometer o desenvolvimento científico do país. Ainda de acordo com Welder, o corte no orçamento pode afetar direta e indiretamente a população brasileira, com a precarização de serviços prestados devido a falta de investimentos nestes. Além do atraso no desenvolvimento nacional com a revisão de metas e paralização de projetos.

Mesmo com a arrecadação federal alcançando o maior valor em junho desde 1995, cerca de R$ 181 bilhões são esperados para este mês, o novo bloqueio foi decretado. A principal razão apontada para o ator foi a derrubada por vetos presidenciais, feitas pelo Congresso Nacional, como a proibição da retenção de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a Lei Aldir Blanc e a Lei Paulo Gustavo.