Mortos em rebelião foram esquartejados e tiveram corpos à mostra, segundo familiares

A rebelião na Penitenciária Doutor Antônio de Queiróz Filho, em Itirapina, cidade da região de Piracicaba, distante a 214 quilômetros da capital, que teve início no horário de visita, por volta das 11h do último domingo, 14, e se encerrou às 8h desta segunda-feira, 15, após a chegada da Tropa de Choque, que saiu da capital durante à madrugada. O motim deixou dois homens mortos, que segundo parentes dos presos que resolveram ficar mais de 20 horas dentro do presídio, foram esquartejados. De acordo com a Secretaria de Assuntos Penitenciários (SAP), este foi o primeiro motim do ano registrado nas 156 unidades prisionais do Estado de São Paulo. Em relato à Folha de S. Paulo, familiares que deixavam o presídio, disseram ter visto partes dos corpos dos detentos mortos em vasilhas. “As cabeças chegaram em umas vasilhas e, depois, os corações foram colocados em outro recipiente plástico. Depois, vieram os fígados deles”, contou uma mulher que não quis se identificar. A penitenciária tem capacidade de abrigar 210 detentos, mas abrigava 692 homens, mais que o triplo, até este domingo, segundo a SAP.