Mulher desaparecida desde outubro de 2022 é encontrada enterrada em quintal de casa em SC

Por volta das 11h desta quarta-feira (5), a Polícia Civil (PC) solicitou apoio ao Corpo de Bombeiros Militar (CBM) na rua José Alves dos Santos Passos, no bairro São Martinho, em Tubarão.

No local, foi encontrado um corpo de uma mulher de 38 anos, identificada como Jaqueline Rosa de Oliveira, desaparecida desde outubro de 2022, vítima de feminicídio. O ex-marido de Jaqueline, de 37 anos, foi preso. 

Investigação do caso

A família da vítima registrou um boletim de ocorrência do desaparecimento de Jaqueline em fevereiro, afirma o delegado responsável pelo caso. Inicialmente, a investigação foi feita pela Delegacia de Polícia de Tubarão.

Contudo, logo após o levantamento da hipótese da morte da vítima, o caso foi repassado para a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Tubarão, onde há a apuração de homicídios.

Algumas etapas foram seguidas para chegar até o suspeito. “A gente inquiriu algumas outras pessoas, próximas ao suspeito e à vítima. E pedimos medidas cautelares para ter acesso a dados que são sigilosos”, explicou o delegado.

Além disso, o delegado citou alguns pontos que geraram desconfiança na investigação. “O ex-marido adotou um comportamento estranho para uma situação de pessoa desaparecida. Além disso, a Jaqueline era usuária assídua das redes sociais e nunca mais usou depois de setembro. Ela tinha uma fonte de recursos financeiros e não usou mais”, pontuou.

Suspeito nega o crime

Em depoimento, o ex-marido negou o assassinato. De acordo com informações dadas pelo delegado responsável, mesmo com as mentiras descobertas, o ex-marido nega qualquer participação com o caso.

“No final, quando ele já estava sendo encaminhado ao presídio, desabou emocionalmente e mostrou o local onde estava o corpo. A versão oficial dele é de que ele não matou Jaqueline, que eles estavam usando drogas, ela teve um mal súbito, ele ficou desesperado e enterrou o corpo”, declarou o delegado.

Os restos mortais da vítima foram enviados ao Instituto Médico Legal (IML), que fará exames para identificar a causa da morte.

Foto: PCSC/Divulgação