Não foi Elvis Presley; “Criadora” do rock é uma mulher
Com seu estilo inovador, voz única e sua capacidade de parar multidões ao pegar um microfone, Elvis Presley fez muito sucesso nos anos 50 e é lembrado por milhares de fãs até hoje. Por ser um dos grandes marcos da época, há quem acredite que o cantor foi o criador do rock, o que não passa de um mito.
Ao contrário do que muitos pensam, o rock foi criado um pouco antes do anos 40, por uma mulher negra, a norte-americana Sister Rosetta Tharpe, nascida em 20 de março de 1915, em Arkansas. O ritmo foi criado a partir da junção do gospel com os blues, com a aceleração de sua batida.
Conheça a história da verdadeira criadora do rock
A paixão de Rosetta pelo Blues e Jazz foi despertada quando a artista chegou em Chicago, o que fez com que ela quisesse se apresentar na sua igreja. Em 1938, ela assinou com a gravadora Decca Records, assim, conquistando o título de primeira artista gospel a assinar com uma grande gravadora. Seis anos depois, em 1944, Rosetta gravou a música “Strange Things Happening Every Day”, a primeira canção de rock no mundo.
Rosetta não conseguiu brilhar no universo do rock por muito tempo, já que em 1968, após a morte de sua mãe, a cantora entrou em um estado de depressão profunda. Pouco depois, ela também descobriu que tinha diabetes e teve que amputar uma de suas pernas. A artista morreu em 1973, aos 58 anos, em decorrência de dois derrames.
A grande criadora do rock teve seu nome colocado no Hall da Fama do Rock apenas 45 anos após sua morte, o que demonstra a falta de reconhecimento que a cantora teve. Todo 11 de janeiro é celebrado o dia da artista, que foi instituído pelo governo de Filadélfia, onde ela faleceu.
Inspirados em Rosetta, artistas como Elvis Presley, mais conhecido como o Rei do Rock, e Bob Dylan fizeram suas adaptações e tornaram o rock como todos conhecem nos dias atuais.
Apesar de toda sua história na música, a madrinha do rock’n’roll não obteve o reconhecimento que deveria receber, apenas tendo o seu nome colocado no Hall da Fama do Rock, 45 anos depois de sua morte. Além disso, o governo de Filadélfia instituiu o dia 11 de janeiro como o dia celebrado em homenagem à artista.
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