Nenhum corpo jamais foi encontrado junto aos destroços do Titanic; saiba o que aconteceu com as vítimas

O famoso Titanic partiu de Southampton, na Inglaterra, em direção a Nova York, nos Estados Unidos, com cerca de 2,4 mil pessoas a bordo. No entanto, apenas quatro dias após o início da viagem, o navio colidiu com um iceberg, a aproximadamente 600 km do Canadá, em 1912.

A noite de 14 de abril ficou marcada como o início do naufrágio. Apesar dos sinais de socorro enviados por meio de código Morse, como “CQD” e posteriormente o “SOS”, e dos esforços de resgate de navios próximos, a tragédia ceifou a vida de aproximadamente 1,5 mil pessoas. Os sobreviventes foram resgatados em botes salva-vidas, enquanto o navio mortuário CS Mackay-Bennett foi designado para recuperar os corpos que ficaram no mar.

A decomposição dos corpos no fundo do oceano após o desastre do Titanic

Durante o resgate das vítimas do naufrágio do Titanic, as equipes enfrentaram enormes desafios. Ao chegar ao local, encontraram um grande número de corpos flutuando na água. Os recursos disponíveis não eram suficientes para resgatá-los a todos.

Os corpos foram preservados inicialmente em líquido de embalsamento e colocados em caixões, mas quando os suprimentos acabaram, tiveram que ser envoltos em lonas e armazenados em gelo no porão do navio. Com o espaço limitado, alguns corpos foram pesados e enterrados no mar.

Com mais de 1.500 mortes resultantes do naufrágio, os corpos das vítimas foram submetidos a um processo de decomposição no fundo do mar, a cerca de 4 mil metros de profundidade. Nessa região, acredita-se que os corpos tenham se decomposto ou tenham sido consumidos pela vida marinha adaptada ao ecossistema subaquático.

Peixes, crustáceos, como camarões, e bactérias desempenham um papel importante nesse processo. Essas criaturas marinhas teriam consumido a pele e os tecidos humanos. Segundo o professor John Cassella, cientista forense da Atlantic Technological University Sligo, na Irlanda, a água salgada acelera a degradação dos ossos, compostos principalmente de hidroxiapatita, um mineral que contém cálcio e fosfato, além de outras moléculas menores.

Embora possa haver ossos humanos que permaneçam relativamente intactos mesmo após 100 anos, isso dependeria da acidez da água e da atividade dos microorganismos presentes. Atualmente, os destroços do Titanic continuam no fundo do oceano, mas estão se deteriorando rapidamente devido a fatores como correntes marítimas e ação de micróbios que consomem o ferro do navio.

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