Nova casa de acolhimento para mulheres vítimas de violência é anunciada em Porto Alegre

Local vai passar a funcionar 24 horas por dia até metade de setembro.

O secretário de Desenvolvimento Social do município, Léo Voigt, anunciou durante o MenuPOA, realizado no Salão Nobre do Palácio do Comércio, sede da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), mais uma casa de acolhimento para mulheres vítimas de violência.

Empresários, autoridades e membros da sociedade civil organizada participaram do evento. “Já temos a casa Viva Maria, a casa Lilás, que é para a mulher que precisa de algum tipo de acolhimento, e agora vamos ter uma casa atendendo principalmente um pedido das Delegacias das Mulheres”, revelou o titular da Pasta.

O local deve receber mulheres encaminhadas de acordo com a situação e funcionará 24 horas por dia. “A casa de passagem é um equipamento maravilhoso, são 20 suítes com calefação, afastada do centro urbano, com pomares, com segurança, onde elas vão poder ficar inteiramente protegidas”, revelou o secretário. Cada suíte vai comportar cinco mulheres.

O endereço, que será mantido sob sigilo, deve ser inaugurado até metade de setembro, segundo a Secretaria. Ainda durante o evento, o secretário comentou que a pasta conta com um orçamento anual de R$ 60 milhões para proteção de direitos e assistência social.

Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas apresentados pelo secretário, Porto Alegre soma hoje mais de 200 mil pessoas na linha da pobreza e outros milhares abaixo dela. Outro desafio é a inclusão da população de rua, calculada hoje entre mil e 1,5 mil pessoas.

O secretário Léo Voigt informou o trabalho que já vem sendo feito nesse sentido. “Todos os moradores de rua que aceitaram algum tipo de acolhimento foram acolhidos, mais de mil aceitaram ingressar em algum sistema de abrigo, de albergue ou hospedagem e moradia social. Os que remanescem na rua são mais resistentes”, considerou.

Ele disse, também, sobre o combate à fome. Para ele, apenas cestas básicas não são suficientes para resolver o problema. “É necessário garantir segurança alimentar, qualidade e autonomia alimentar, e isso é uma política mais complexa”, alertou.