Nova continente irá se formar e já tem prazo estimado para aparecer

Sempre intrigante, a tectônica de placas não deixa de surpreender. Considerada uma teoria-chave no estudo da geologia, ela sugere a possibilidade de formação de um novo supercontinente denominado Amasia. Essa transformação continental promete alterar profundamente o mapa-mundi que conhecemos hoje.

Publicado na renomada National Science Review, um estudo detalha como Amasia será fruto da convergência das Américas e da Ásia. Esse fenômeno resultará do lento fechamento do Oceano Pacífico, estimado para ocorrer entre 200 e 300 milhões de anos no futuro.

Como a pesquisa revela o futuro do nosso planeta?

O estudo envolveu pesquisadores como Chuan Huang, Zheng-Xiang Li e Nan Zhang, que utilizaram supercomputadores para simular o processo de convergência dos continentes. Segundo eles, o encontro dessas enormes massas terrestres é parte de um “ciclo supercontinental” que se repete aproximadamente a cada 600 milhões de anos.

O desafio de visualizar esse futuro remoto é mitigado pela precisão das simulações. Estas apontam para a inevitável colisão e fusão destes gigantes terrestres em um único ponto geográfico, ainda indeterminado.

Quais as implicações climáticas e ambientais da formação de Amasia?

A pesquisa também examina as consequências climáticas dessa mudança monumental. Com a Amasia, espera-se que o nível do mar baixe significativamente e que grandes áreas do novo supercontinente apresentem clima árido e grandes variações de temperatura entre o dia e a noite.

Diferentemente do atual cenário global, dominado por uma divisão quase equânime entre massas terrestres e oceânicas, a formação de um supercontinente concentra a maioria dos habitats e ecossistemas terrestres em uma única e vasta área, originando um ecossistema drasticamente modificado.

Existem outras possibilidades para o futuro geográfico do nosso planeta?

Embora Amasia seja um forte candidato a próximo supercontinente, ele não é a única possibilidade. Outros cenários consideram a formação de Aurica, um potencial supercontinente que surgiria do fechamento simultâneo dos oceanos Atlântico e Pacífico. Essas teorias reforçam quão dinâmica é a superfície de nosso planeta.

A ideia de mudanças continentais e suas influências no clima terrestre fornece uma perspectiva inédita sobre como ação humana e os ciclos naturais interagem. Apesar de parecer distante, entender essas dinâmicas é essencial para prever e mitigar as influências das mudanças climáticas atuais.