Novo ranking global sobre universidades gera preocupação para o Brasil
As universidades brasileiras enfrentam um cenário desafiador no contexto global, especialmente em relação ao desempenho em rankings internacionais. O “Global 2000 list”, organizado pelo Centro de Classificações Mundiais de Universidades (CWUR), destaca que a maioria das instituições brasileiras perdeu posições em 2025. Entre as 53 universidades brasileiras avaliadas, 46 caíram no ranking, refletindo dificuldades em áreas como pesquisa e financiamento.
A Universidade de São Paulo (USP), a mais bem colocada do Brasil, caiu para a 118ª posição, enquanto a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) subiu significativamente, alcançando a 331ª posição.
Fatores que influenciam o desempenho das Universidades Brasileiras
O desempenho das universidades brasileiras nos rankings globais é influenciado por diversos fatores. A qualidade da educação, a empregabilidade dos graduados, a excelência do corpo docente e a relevância das pesquisas são critérios fundamentais para a avaliação. No entanto, o CWUR destaca que o principal desafio para as instituições brasileiras é o desempenho em pesquisa, que tem sido prejudicado pela competição global acirrada e pela falta de financiamento adequado.
Além disso, o apoio financeiro limitado do governo brasileiro é um obstáculo significativo. Enquanto outros países priorizam o desenvolvimento educacional e científico, o Brasil enfrenta dificuldades para acompanhar o ritmo, o que pode comprometer ainda mais sua posição no cenário acadêmico internacional.
Apesar dos desafios, algumas universidades brasileiras conseguiram melhorar suas posições no ranking global. A UFRJ e a Universidade de Campinas (Unicamp) são exemplos de instituições que subiram no ranking, demonstrando que é possível avançar mesmo em um cenário adverso. Outras universidades, como a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), também apresentaram melhorias.
No cenário internacional, as universidades dos Estados Unidos continuam a liderar o ranking, com Harvard ocupando a primeira posição. No entanto, a ascensão das universidades chinesas, como a Universidade Tsinghua, que subiu para a 37ª posição, representa uma ameaça à liderança americana. A China tem investido significativamente em educação e pesquisa, colhendo os frutos de um suporte financeiro generoso do governo.