Novos motoristas do RS devem ter policiais militares como avaliadores
Motoristas de Caxias do Sul terão novidades para mudanças nos exames práticos para Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a partir do dia 10 de abril. A avaliação dos candidatos a motoristas era de responsabilidade exclusiva do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran – RS) e, a partir de agora, passará a ser dos policiais militares. A demanda do Centros de Formação de Condutores (CFCs) definirá o calendário de provas práticas.
A última fase do processo de habilitação, as provas práticas, estavam com o maior represamento do estado em Caxias durante todo o ano de 2022, de acordo com João Jardim, chefe da divisão de exames do Detran – RS.
Entre 2019 e 2021, dos 6.257 alunos aptos à realização da prova, 4.799 estavam com atraso considerável. A PM já tinha sido convocada para auxílio nos serviços.
“Nós fomos desafiados diversas vezes, inclusive em função do grande número de candidatos aptos a realizar exames e não conseguirmos atender toda essa demanda. E a Brigada Militar tornou-se essencial para vencermos esse problema”, avaliou Jardim ao portal GZH.
Ele acrescentou que Palmeiras das Missões, Erechim e um CFC de Canoas também terão examinadores da Brigada Militar (BM) a partir do mês de abril. Tudo foi definito nesta quinta-feira (30), em Caxias.
A tenente da PM Kateri Marasca supervisionará os examinadores junto ao diretor do CFC da Brigada, Josué Steffen. Steffen comentou ao portal que: “A legislação prevê que é preciso ser maior de 21 anos, ter curso superior e ter um curso específico de examinador de trânsito. Temos instrutores e examinadores, então nós convidamos os examinadores e eles aceitaram. Com certeza é um desafio, mas por outro lado nós ficamos felizes por contribuir”
Zerar a fila de espera
De acordo com o presidente do Sindicato Estadual dos CFCs, atualmente o tempo médio de espera para realizar o exame está regularizado em 15 dias, após a demanda reprimida pela pandemia.
O Detran alertou para os candidatos com atraso que não retornaram para realização das provas. Uma das proprietárias de um dos centros informou que o poder aquisitivo, a distância física do local e até mudança de cidade justificariam a não procura pelos locais.