Núcleo familiar no RS é acusado de lavagem de mais de R$ 500 milhões

Nesta quinta-feira (16), uma investigação da Polícia Civil e do Ministério Público (MPRS) expôs um núcleo familiar acusado de burlar licitações e lavagem de dinheiro em esquema milionário. Os investigados estão envolvidos em aproximadamente 11 mil ações judiciais.

Segundo as informações da operação, a organização criminosa é comandada por uma família e movimentou mais de R$ 500 milhões de reais durante mais de 10 anos de atuação. Confira abaixo mais detalhes sobre o caso.

Investigação descobre esquema de lavagem de dinheiro de mais de R$ 500 milhões

De acordo com a Polícia Civil e o MPRS, a facção burlava licitações e faziam a lavagem de dinheiro obtido de forma ilegal. Os criminosos usavam contas em nomes de terceiros para diversas operações, como a aquisição de veículos e imóveis de luxo, investimentos no ramo da construção civil, da agricultura e também na compra parcial do passe de jogadores de futebol.

A estimava dos investigadores é que o grupo tenha causado um prejuízo de mais de R$ 200 milhões ao longo de mais de 10 anos de operação. Somando todos os casos, os suspeitos, que incluem pessoas físicas e jurídicas, são réus em cerca de 11 mil ações judiciais.

Facção criminosa operava em seis municípios do Rio Grande do Sul

A operação da Polícia Civil do MPRS resultou no bloqueio de 57 contas judiciais ligadas aos envolvidos, somando um total de R$ 565 milhões. Nesta quinta-feira (16), os agentes cumpriram 65 mandados de busca e apreensão, incluindo 28 em veículos, avaliados em R$ 4,17 milhões, e 37 em imóveis e empresas.

Ao todo, 38 imóveis, avaliados em R$ 68 milhões, estão com acesso indisponível para os investigados. Todas as ordens judiciais foram cumpridas em seis municípios do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Tramandaí, Xangri-Lá, Capão da Canoa, Cruz Alta e Tupanciretã.