Número de denúncias de assédio eleitoral aumentam 70% em uma semana no RS
O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com mais registros de suspeitas de coação eleitoral no ambiente de trabalho. O número de denúncias registradas no Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-RS) já chegou a 51 até essa segunda-feira (17).
Até a última semana haviam sido notificados 30 casos do tipo, comparando com os registros mais recentes houve um aumento de 70%.
Segundo o MPT, a maior parte das situações apontadas nas denúncias ocorreu na região de Porto Alegre, com 18 registros de assédio eleitoral. Em seguida, as regiões de Novo Hamburgo, Caxias do Sul e Santo Ângelo aparecem, cada uma, com seis casos em empresas.
Com isso, o Rio Grande do Sul já apresenta mais registros do que o Paraná que possui 50 casos do tipo. Santa Catarina aparece em seguida, com 38 casos de assédio eleitoral.
No município de Cerro Grande do Sul, uma confeitaria e o MPT de Pelotas firmaram um termo de ajustamento de conduta (TAC) na última quinta-feira (13). O documento foi necessário após denúncias de coação eleitoral registradas nas redes sociais da proprietária que deverá se retratar tanto no site quanto no jornal da cidade.
Assédio eleitoral tem alta no Brasil
Em todo o território nacional, o número de denúncias de assédio eleitoral aumentou 83% no país em comparação com o total de registros referentes às eleições de 2018. No ano em questão foram apontados 388 casos contra 212 empresários quatro anos atrás.
O assédio eleitoral ocorre quando o empregador ameaça seu funcionário com a promessa de piora nas condições de trabalho e até mesmo perda de emprego caso o candidato de sua preferência não seja eleito.