Número de famílias endividadas em Porto Alegre é o segundo maior entre capitais! Veja ranking

Com o passar dos anos, a quantidade de famílias inadimplentes no Brasil tem sido cada vez mais preocupante.

De acordo com dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgados nesta quarta-feira (8), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 78,3% das famílias estão endividadas e 29% têm contas pendentes. O mês de fevereiro foi marcado pelo aumento no número de famílias com dívidas.

Segundo relatório divulgado pela CNC, a alta de fevereiro se deve aos “vencimentos de despesas típicas do primeiro trimestre (tributos, despesas escolares e contribuições para órgãos de classe, entre outras)”.

Apesar disso, a CNC relatou que não ocorreram novas rodadas de aumentos no número de endividados, devido a evolução do mercado de trabalho, alívio da inflação e melhora na renda disponível.

Segundo o comvcportal, dados de um estudo recente da Deep Center revelou que 95% das famílias de Curitiba (PR) estão endividadas. Em seguida está Porto Alegre (94%), e por último, Belo Horizonte, com 90%.

Mulheres são maioria no número de pessoas endividadas

Durante a pesquisa feita pela Piec, mais de 11% das famílias revelaram não ter como pagar o que devem. “Quem tem dívidas mais antigas segue enfrentando dificuldade de sair da inadimplência, em função dos juros elevados. A proporção de consumidores sem condições de pagar dívidas atrasadas de meses anteriores chegou a 11,6% do total, estável em relação a janeiro, mas a proporção mais alta desde outubro de 2020”, diz o relatório.

Também consta no relatório que 44% dos inadimplentes estão com dívidas atrasadas há mais de 90 dias. “O tempo médio de atraso nos pagamentos foi de 62,7 dias, o maior desde janeiro de 2021”, informa.

A CNC também revela que as mulheres são as mais endividadas. “As condições financeiras e orçamentárias estão mais apertadas para o público feminino”, diz.

Além disso, cerca de 30% das mulheres têm dívidas atrasadas. “Mas uma vez inadimplentes, as mulheres buscam resolver mais rápido o problema: enquanto elas ficaram em média 62 dias sem pagar dívidas, os homens permaneceram 63,5 dias com dívidas atrasadas”, diz o relatório.