Número de pontos de alto risco na capital gaúcha preocupa população

Um levantamento do Serviço Geológico do Brasil revelou que o número de pontos considerados de muito alto risco em Porto Alegre subiu cinco vezes nos últimos 10 anos. De acordo com o estudo, 84 mil pessoas estão vivendo em zonas sujeitas a deslizamentos, enxurradas, queda de barreira, inundação, entre outros.

Ao todo, são 142 áreas consideradas vulneráveis em toda a região da capital. A maioria está localizada em áreas de ocupação irregular, como morros, margens de rios e arroios ou pedreiras abandonadas. Confira abaixo mais informações sobre as zonas de risco em Porto Alegre.

20 mil imóveis em risco em Porto Alegre

De acordo com as informações do Serviço Geológico do Brasil, há cerca de 20 mil imóveis localizados nas áreas de risco de Porto Alegre. Entre 17 regiões do Orçamento Participativo da capital, 15 apresentam algum tipo de perigo.

O Partenon apresenta o maior número de zonas de risco, com 27 pontos, seguido por Glória (21), Leste (19), Sul (15), Ilhas (14), Norte (14), Centro-Sul (7), Restinga (7), Eixo-Baltazar (4), Nordeste (4), Extremo-Sul (3), Humaitá/Navegantes (2), Cruzeiro (2), Cristal (2) e Centro (1).

A prefeitura da capital formou um grupo de trabalho para realocar as famílias nos locais mais vulneráveis, mas o projeto foi descartado pelo alto custo – a proposta custaria R$ 2 bilhões ao orçamento do município.

O prefeito Sebastião Melo afirmou que precisará do apoio do governo federal e o governo do estado para lidar com o problema. “Precisamos assumir um compromisso conjunto com o governo federal e os governos estaduais. Sozinhos, os municípios não conseguem enfrentar este tema tão sensível. É um problema grave das cidades que devemos enfrentar juntos”, disse o prefeito.

Algumas soluções já foram propostas. O coronel Evaldo Rodrigues Júnior, coordenador da Defesa Civil de Porto Alegre, relata que a proposta inicial é criar núcleos da Defesa Civil nas 17 regiões. Ele afirma que os espaços servirão para facilitar a comunicação em atendimentos futuros.