Padre é condenado a 15 anos de prisão no RS por motivo polêmico

Um caso chocante veio à luz recentemente em Rio Grande, no sul do Estado, quando um padre de 63 anos foi condenado a mais de 15 anos de prisão. A acusação inclui sequestro e estupro de uma criança que, na época dos fatos em 2018, tinha apenas 11 anos. O réu, que já foi parte ativa da comunidade, celebrando inclusive a primeira comunhão da vítima, enfrenta agora a justiça pela gravidade de seus atos.

O incidente se deu quando a criança brincava com seu cachorro fora de casa e foi abordada pelo acusado. Após uma breve interação, em que a menor recusou-se a entrar no carro do padre, ela foi forçadamente levada para dentro do veículo. Os pais, distraídos vendo televisão, não presenciaram o sequestro. Recebendo ameaças de morte, a jovem foi mantida refém e, durante esse periodo, sofreu abusos pelo acusado.

O que dizem as autoridades sobre o caso?

De acordo com o juiz João Gilberto Engelmann, que presidiu o julgamento, a atitude do réu é especialmente grave visto que, sendo um líder religioso, esperava-se dele um cuidado maior com as crianças. No decorrer do julgamento, veio à tona que o mesmo padre já havia sido pego em flagrante em um incidente semelhante, embora em outra localização próxima, o que ainda agrava mais sua situação.

Consequências devastadoras foram impostas à jovem, que, desde o incidente, enfrenta sérias dificuldades de adaptação social, necessitando de acompanhamento psicológico contínuo.

Declarações das instituições e defesa do réu

O administrador da Diocese de Rio Grande esclareceu que o réu fazia parte da Congregação São Carlos Scalabrinianos e trabalhou na paróquia local por apenas seis meses, até ser afastado após sua prisão. O bispo da época, Dom Ricardo Hoeper, já havia suspendido suas funções sacerdotais. Por outro lado, a defesa do acusado alega contrariedade às evidências e adianta que recorrerá da decisão judicial.