Pedidos de reajustes de salários são ignorados e a greve atinge categoria fundamental para pagamento de benefícios
O Governo Federal trata com descaso as reivindicações dos servidores públicos do Banco Central e a categoria decide retomar a paralisação. Após assembleia geral realizada na última sexta-feira (29) os servidores do Banco Central retomaram a greve ontem (3).
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal), Fábio Faiad, a greve foi retomada após o Governo Federal recusar reunir-se com a categoria para negociação.
Em nota enviada pela entidade, “As razões principais foram os descumprimentos por parte do presidente do BC em conseguir em abril uma reunião entre o sindicato e o ministro Ciro Nogueira, a não apresentação de uma proposta alternativa aos 5% e a não apresentação de uma proposta sobre a parte não-salarial de nossas demandas”.
A greve, que começou no dia 1 de abril, foi suspensa entre os dias 19 de abril e 2 de maio na expectativa de uma negociação entre a categoria e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o que não aconteceu. Então, após aprovação da maioria em assembleia, os servidores retomaram a paralisação ontem (3).
Manifestações estão programadas para hoje
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do BC (SInal), Fabio Faiad, em entrevista ao Extra, que nesta quarta (4) está programada uma manifestação na porta do Banco Central “O protesto se deve à intransigência do governo em abrir uma mesa de negociação com os servidores do BC. Essa é a razão da greve e do protesto. O governo não mostra interesse em ter uma negociação legítima e efetiva com os servidores de uma autarquia tão importante para a sociedade brasileira” disse Faiad.
Servidores reivindicam reajuste salarial
Os servidores do BC pedem um reajuste de 27% no salário e uma reestruturação na carreira de analista. Porém, segundo representantes do sindicato, o Governo Federal ofereceu apenas 5% de reajuste a todos os servidores federais.