PIX: Ferramenta que pode aumentar a segurança do usuário

Com pouco mais de um ano de funcionamento no país, o sistema de pagamento instantâneo PIX completou o ano de 2021 com cerca de 348 milhões de chaves cadastradas e 1,6 bilhão de transações efetuadas, segundo dados do Banco Central (BC). Apesar da grande adesão à modalidade, ela também levantou pontos sobre segurança.

 Thiago Saldanha, CTO da Sinqia, afirma que “Vemos alguns grupos políticos se posicionando sobre o uso do Pix, por demandas de questões de segurança, como sequestros e roubos em que os criminosos buscam ter acesso à chave do Pix do usuário”.

Pensando nisso, o Banco Central desde o ano passado fez algumas mudanças na ferramenta como o  bloqueio de horários para transferências, limitação de valores e até a escolha dos destinatários.  

Novas ferramentas para aumentar a segurança do usuário

Agora em 2022, para evitar fraudes e auxiliar possíveis vítimas, o Banco Central irá disponibilizar as ferramentas Mecanismo Especial de Devolução (MED) e o Bloqueio Cautelar. 

O MED do PIX pode ser utilizado tanto pelo banco como pelo usuário do método de pagamento. Para isso, é preciso que a pessoa que tenha sofrido um golpe faça um boletim de ocorrência e comunique a instituição financeira pelos canais de atendimento.

Já o Bloqueio Cautelar permite que a instituição financeira bloqueie por até 72 horas caso o banco desconfie de alguma operação dos seus correntistas.

Mesmo com as novidades para melhorar o nível de segurança do PIX, o usuário ainda precisa manter a atenção na hora de fazer uma transferência. No caso de efetuar um PIX por engano, ele não terá direito a devolução do valor, por exemplo.

Rodrigoh Henrique, líder de inovações financeiras da Fenasbac (Federação Nacional das Associações de Servidores do Banco Central), diz que “O Pix é seguro, o mundo não. Temos que entender que a segurança no mundo digital é algo para irmos nos acostumando”, afirmou.