PM detém jornalistas em ato contra Copa e os impede de trabalhar em SP

O protesto contra a realização da Copa do Mundo no Brasil, que na tarde deste sábado, 22, reuniu cerca de duas mil pessoas na Praça da República, no Centro de São Paulo, deixou ao menos 120 pessoas detidas, sete feridos e diversos jornalistas impedidos de trabalhar por policiais militares. Por volta das 22h30 a PM fazia uma nova formação na altura da Praça da República.

Por volta das 22h, os grupos de detidos eram conduzidos de ônibus, até o 1° DP (Sé), 4° DP (Consolação) e 78° DP (Jardins). A maior parte dos detidos foram presos nas ruas Xavier de Toledo e Sete de Abril, acusados de depredação. Varias vitrines de bancos e telefones público foram depredados. Usada como artifício para a contenção de atos de violência, a chamada “Tropa do Braço”, nome dado à PMs que tem preparo em lutas marciais, efetivamente não funcionou.

Jornalistas de várias mídias tiverem seu direito de trabalho cerceado enquanto reportavam ao vivo ou não, os confrontos entre os manifestantes e a Polícia Militar (PM). Jornalista da Folha de S. Paulo, Reynaldo Turollo Junior, ficou cerca de 20 minutos sentado no chão com vários outros detidos. Após começar a filmar ação repressora da PM, que cercou os manifestantes no chão, começou a ser espancado por dois PMs, que segundo o repórter, chegou a ser arrastado, após levar uma gravata e, jogado ao chão com violência. Porém, as cenas de agressão contra profissionais da imprensa não parou por aí, o repórter Paulo Toledo Piza, do G1, foi detido por volta das 18h50, na altura do número 404 da Rua Xavier de Toledo. Mesmo identificado, o jornalista foi obrigado a ficar sentado no chão e sem trabalhar, por cerca de meia hora. O repórter-fotográfico Thiago Stone, chegou a ser detido da mesma maneira, impedido de trabalhar e agredido com um golpe de cassetete nas costas. Ele foi liberado tempo depois. Um fotógrafo do portal Terra, afirmou ter sido agredido e chegou a ter que passar por avaliação médica. Bruno Santos, ainda disse que teve seu equipamento destruído. Ao menos mais dois repórteres relataram ter sido presos pela PM.

Entre os feridos, cinco seriam policiais militares, sendo um com uma contusão por conta de uma garrafada no pescoço, encaminhado até o Pronto Socorro do Hospital do Servidos Público Municipal (PS Vergueiro). As outras duas pessoas feridas seriam manifestantes.