Por que o bairro Tristeza em Porto Alegre tem esse nome? Entenda
Originalmente ruralista e pacato, as características de uma cidade interiorana eram regra no bairro da Tristeza. Distante do centro da cidade, o nome de certa forma remetia a isso.
José da Silva Guimarães, um dos primeiros a viver nas imediações e dono de uma chácara na atual região da Vila Conceição, possuia um semblante considerado triste e abatido que acabou por designar sua alcunha popular. O apelido de Tristeza nomeou então o bairro consolidado tempos depois.
A “Estrada de Ferro do Riacho”, inaugurada em 1900, movimentou as proximidades e iniciou expressivamente o crescimento populacional e econômico do bairro.
A ferrovia já foi extinta e, enquanto ativa, transportava locais até as praias e curtir as águas despoluidas do Rio Guaíba. Chalés de veraneio e casarões foram construídos a partir dessa demanda.
Classificado como um dos bairros mais nobres da capital Porto Alegre, continua a atrair famílias que buscam tranquilidade com uma bela camada de verde pelas regiões vizinhas.
Atrativos do bairro
Apesar de não possuir grandes centros comerciais, vários estabelecimentos menores atendem as demandas dos moradores. Para aproveitar o bairro além da moradia, há o Paseo Zona Sul, o shopping Granville, o Jardins da Praça e a Praça Comendador Souza Gomes, onde ocorre a tradicional Feira de Artesanato da Tristeza.
Origem de bairros vizinhos
Partenon: Um templo-réplica em homenagem à deusa grega Atena e ao seu original era sonho de consumo de nativos de Porto Alegre. O Partenon não deslanchou, mas a marca ficou.
A Sociedade do Partenon Literário foi criada em 1868 por literatos que desejavam a réplica da construção grega na cidade. Cinco anos depois, no local da atual rua Luis de Camões, a obra chegou a começar, mas sem sucesso para sua finalização.
A sociedade durou cerca de 30 anos, mas deixando sua marca para a posteridade.
Glória: A versão tradicional da origem do nome do bairro remete à Dona Maria da Glória, esposa do Coronel Manoel Py, proprietário de um sobrado afamado.
A segunda versão, de acordo com o historiador Sérgio da Costa Franco, o herdeiro Luiz Silveira Nunes, colocou à venda, no final do século XIX, loteamentos na estrada da Cascata. O recém-nomeado Arraial da Glória homenageou a “gloriosa” proclamação da república acontecida um ano antes.