Porto Alegre deve ter “seca” em junho, diz diretor do Dmae

A cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, tem enfrentado sérias dificuldades devido às recorrentes inundações que a afetaram recentemente. A situação, que desestabilizou a rotina da região, depende agora de uma série de condições climáticas e técnicas para que se normalize.

Quais são os principais desafios enfrentados na recuperação de Porto Alegre?

O Diretor Geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos, Maurício Loss, compartilhou em entrevista recente à CNN que a reativação das casas de bombas, essenciais para o escoamento da água, é uma das principais medidas em andamento. No entanto, o clima não tem colaborado, com previsões de mais chuvas que podem atrasar os trabalhos.

“A gente torce muito pra que a cidade não esteja mais inundada num prazo curto, de quinze dias, por exemplo. Mas, tudo depende da natureza, das chuvas e de como as bombas vão funcionar, conforme a gente reestabelecer as casas de bombas. Então isso pode levar 20 dias ou até um mês”, explicou Loss. Segundo ele, a má concepção inicial das casas de bombas, que não previu situações de elevado nível de água, complica a situação.

Impacto das inundações para a população local

O aumento do nível do lago Guaíba para marcas históricas evidencia a gravidade do cenário vivenciado pela população porto-alegrense. Com 19 das 23 casas de bombas desligadas em maio, muitos residentes sofreram com as consequências diretas das inundações, que inundaram ruas e casas, deixando marcas profundas na comunidade.

Na busca por uma solução eficaz, o município tem contado com a colaboração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que cedeu 18 bombas para auxiliar nos esforços. Das bombas recebidas, nove já estão operando na cidade, o que tem ajudado significativamente na vazão das águas.

Além da ajuda humanitária e técnica, fatores como a ventania proveniente do Sul e as chuvas no interior do estado, particularmente na bacia do rio Jacuí, têm papel crucial nesse processo. Esses elementos naturais influenciam tanto na intensidade das inundações quanto na recuperação das condições normais de vazão das águas para a Lagoa dos Patos.