Porto Alegre já conta com data para receber a tecnologia 5G, saiba como se preparar

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre, Germano Bremm, a Capital está pronta e espera receber o 5G no próximo dia 20 de julho.

A data limite para a liberação do sinal de quinta geração no município teria sido antecipada pela Entidade Administradora da Faixa (EAF), diz o secretário. 

Ainda de acordo com Breem, isso é resultado dos esforços do município em reforçar a estrutura e liberar amarras burocráticas, e cita a lei de antenas aprovada em 2018, baseada na lei federal de 2015.

Licenciamento

O trabalho feito pela prefeitura de Porto Alegre iniciou com a aprovação da lei das antenas em 2018, que modernizou as regras para instalação de estações de radiobase (ERB) no município.

Uma vez que o 5G demanda cerca de vezes mais antenas que o 4G, a secretaria adotou um modelo autodeclaratório de licenciamento. Os prazos de liberação, que antes chegavam até dois anos, através da medida, foram reduzidos para minutos.

Através de parceria público-privada (PPPs), o secretário aposta na utilização do mobiliário urbano para expandir as antenas de 5G pela Capital. 

“Fizemos a concessão de placas de rua com 42 mil pontos possíveis de implantação de antenas. A concessionária vencedora da concessão, a Imobi, fez um contrato com a Highline e criou um primeiro protótipo de placa de rua com antena 5G”, disse Bremm.

Ainda há a possibilidade de utilizar outros pontos como iluminação pública, relógios de rua e paradas de ônibus, ampliando fortemente a cobertura 5G da cidade. Porém, em primeiro plano deve estar a instalação das ERBs nos espaços privados das principais operadoras.

Conectividade

Germano Bremm reforça a importância da nova tecnologia para Porto Alegre, acentuada ainda mais no pós-pandemia, onde o trabalho remoto e o e-commerce se intensificaram.

Para ele, uma cidade do futuro está ligada à conectividade e seus talentos poderão residir onde quiser, pois poderão prestar serviços a qualquer cidade do mundo.

“Estrategicamente, a gente identificou a necessidade de se preparar sob o prisma da tecnologia. A gente vinha em um processo de transformação digital, mas a pandemia acentuou. O trabalho remoto e o e-commerce exigem que quem trabalha [remotamente] exerça essas atividades para qualquer lugar do mundo. A estratégia de futuro da cidade está ligada a isso, e isso pressupõe conectividade”, comentou.