Preço da Gasolina e do Diesel podem ser reajustados a partir de 18/06 em Porto Alegre

Através de nota divulgada na manhã desta sexta-feira (17), a Petrobrás anuncia um novo aumento nos preços da gasolina e do diesel vendido às distribuidoras.

O litro da gasolina passa de R$3,86 para R$4,06, um aumento de 5,1%. Para o diesel, o litro sobe de R$4,91 para R$5,61, alta de 14,2%. O reajuste começa a valer amanhã (18).

Em justificativa, a estatal disse ser “sensível” ao cenário atual do Brasil e do mundo, e busca a uniformidade com os preços do mercado internacional. 

O diesel ficou por 39 dias sem reajuste, e a gasolina, 99 dias. O valor do GLP foi mantido. 

Teto do ICMS

Como uma das medidas para tentar frear a alta dos preços dos combustíveis, foi aprovado, nesta semana, um Projeto de Lei Complementar que limita a cobrança do ICMS sobre os combustíveis a 17%.

O texto aguarda a sanção de Bolsonaro, que já demonstrou ser a favor do projeto. Especialistas alertam que impor um teto ao ICMS não impede a escalada de preços.

Isso porque devido ao impacto das crises sanitárias e a guerra na Europa o preço do barril de petróleo segue em alta, e, além disso, o valor do dólar ante ao real contribui para manter os valores subindo.

Além disso, terá impacto significativo no repasse das escolas públicas, visto que o ICMS é fundamental para a verba para a educação.

A alta nos preços do combustível é uma das principais preocupações do Governo Bolsonaro e seus apoiadores, como Arthur Lira, presidente da Câmara, que se pronunciou sobre o assunto em seu twitter, mencionando o presidente da Petrobrás.

Os preços dos combustíveis continuarão subindo?

Segundo especialistas, os percentuais elevados neste reajuste ainda não igualam com o mercado nacional, ou seja, ainda há uma alta dos combustíveis represada que ainda não foi repassada ao consumidor.

A Petrobrás diz que tem buscado manter o equilíbrio com o mercado global sem o repasse ao imediato ao mercado interno.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média no preço médio ofertado no Brasil chega a 13% para a gasolina. Com o reajuste, serão repostos cerca de 5,1%, mas a defasagem  de preços continua.