Prefeito de Porto Alegre revela quanto dinheiro será necessário para limpar a cidade
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), expôs a severidade dos estragos causados pelas recentes inundações na cidade, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (17). A administração municipal calcula que será necessário um montante aproximado de R$ 100 milhões para enfrentar os desafios de limpeza urbana. Cerca de 1.000 quilômetros de vias da capital gaúcha foram devastados, um cenário que demanda ações rápidas e efetivas.
O que está sendo feito para resolver a situação?
Sebastião Melo detalhou que, além da remoção de lama e detritos, há um trabalho intensivo para limpar a rede de esgoto e remover o grande volume de lixo doméstico que os moradores têm sido forçados a descartar. Atualmente, este entulho está sendo provisoriamente armazenado em locais próximos, sendo posteriormente transferido para áreas a cerca de 200 quilômetros da cidade.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) disponibilizou 10 bombas para auxiliar na drenagem do Guaíba. Deste total, duas bombas estão sendo transportadas por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), enquanto as demais são conduzidas por caminhões. Adicionalmente, agricultores locais, especialmente arrozeiros, estão contribuindo com equipamentos para acelerar o processo de recuperação da cidade.
Expectativas de apoio financeiro do governo
O prefeito exprimiu esperança na obtenção de apoios financeiros dos governos estadual e federal, enfatizando a inevitável diminuição de receitas tributárias como ICMS e ISS devido ao desastre. Melo destacou a necessidade de compensação por essas perdas para manter a funcionalidade municipal, em meio a gastos que triplicaram.
A situação habitacional também é crítica, com cerca de 15 mil pessoas desabrigadas, muitas das quais estão temporariamente em abrigos como escolas e clubes, que buscam retornar à normalidade. O prefeito frisou a falta de imóveis disponíveis e discutiu uma proposta com o governo federal para incentivar a “estadia solidária”, oferecendo um auxílio de R$1000 para famílias que acolherem desabrigados.