Prefeitura de Porto Alegre anuncia empresas que vão buscar despoluir o Arroio Dilúvio; veja detalhes do projeto

O consórcio Regeneração Urbana Dilúvio, composto pelas empresas Profill, Consult e Pezco, sagrou-se vencedor da licitação destinada a elaborar estudos urbanísticos, sociais, econômicos e ambientais para a execução da Operação Urbana Consorciada na avenida Ipiranga, bem como a revitalização do Arroio Dilúvio. A divulgação oficial do resultado será feita no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), onde os participantes poderão tomar ciência e interpor eventuais recursos. Caso não haja recursos, a licitação será considerada concluída.

O projeto, idealizado pelo prefeito Sebastião Melo e anunciado em 2022, visa viabilizar novas construções ao redor da Ipiranga e, em contrapartida, garantir recursos para a despoluição do arroio. O prefeito enfatiza a ambição do projeto ao projetar a Porto Alegre do futuro, com a transformação urbana essencial na Avenida Ipiranga. Nesse contexto, a parceria com o setor privado é destacada como uma estratégia essencial para atrair investimentos e tornar possível a recuperação do Arroio Dilúvio.

Transformação urbana sustentável: Operação consorciada na região da Avenida Ipiranga

A prefeitura de uma cidade investirá R$ 4,49 milhões em um consórcio que realizará estudos durante um ano e meio no entorno do Arroio Dilúvio. O objetivo é ampliar o potencial construtivo das edificações na região da avenida Ipiranga, visando o desenvolvimento econômico, aumento de empregos e o adensamento populacional. Além disso, serão analisados os aspectos sociais, demográficos e de impacto ambiental das intervenções urbanísticas e arquitetônicas planejadas.

A iniciativa faz parte da Operação Urbana Consorciada, que visa implementar uma regulamentação urbanística específica para a região. Os recursos para recuperar o Arroio Dilúvio serão obtidos por meio do leilão do solo criado, onde empreendedores pagam para construir prédios mais altos. A prefeitura, após a aprovação do projeto de lei pelos vereadores, emitirá certificados de potencial construtivo que serão leiloados, criando um fundo específico para gerir os recursos destinados às obras de despoluição, desassoreamento, contenção e reflorestamento das margens do arroio, bem como a criação de um parque linear.

Com base em estudos preliminares, estima-se que em 30 anos, seja possível arrecadar R$ 1 bilhão em solo criado. A prefeitura está comprometida em financiar pelo menos a primeira fase da operação, criando um círculo virtuoso que proporciona segurança jurídica para atrair mais investimentos para a região e, consequentemente, mais recursos para a despoluição do Arroio Dilúvio.

Imagem: Divulgação