Presidente Lula surpreende e nomeia 122 militares para cargos na segurança presidencial

O governo Lula designou 122 militares para cargos no GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e para realizar a segurança direta do presidente da República. Os militares anunciados devem substituir os 81 dispensados pela gestão do petista nas últimas semanas.

121 militares ocuparão diversos cargos, como “especialista”, “secretário”, “assistente” e “supervisor” no GSI, enquanto um militar foi designado para a segurança do presidente, e outro para o escritório do GSI no Rio de Janeiro. As portarias foram publicadas na edição desta segunda-feira (30) do Diário Oficial da União.

Lula afirma não confiar nas Forças Armadas

Os cerca de 80 militares exonerados pelo governo federal nas últimas semanas foram nomeados para os seus cargos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. No último dia 21, ocorreu também a demissão do general Júlio César de Arruda, do comando do Exército. Quem assumiu o posto foi o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

Após a invasão aos Três Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou desconfiança com os militares. Na ocasião, Lula afirmou que havia “muita gente das Forças Armadas aqui dentro conivente”. O presidente da República afirmou que não confiava o suficiente nos militares que não conhecia previamente para a sua segurança.

“Agora, por exemplo, eu não tenho ajudante de ordens. Meus ajudantes de ordens são meus companheiros que trabalharam comigo antes. Por que eu não tenho? Eu pego o jornal está o motorista do Heleno dizendo que vai me matar e que eu não vou subir a rampa. O outro diz que vai me dar um tiro na cabeça e que eu não vou subir a rampa. Como é que eu vou ter uma pessoa na porta da minha sala que pode me dar um tiro? Então eu coloquei como meus ajudantes de ordem os companheiros que trabalham comigo desde 2010, todos militares.”, afirmou o presidente.