Professoras são demitidas com suspeitas de maus-tratos em escola particular de Porto Alegre
Uma professora foi demitida e outras três afastadas de suas atividades em uma creche na Zona Sul de Porto Alegre por suspeitas de maus-tratos a crianças nesta segunda (11).
O fato ocorreu após a coordenadora pedagógica da instituição presenciar uma das professoras puxando o braço de um dos alunos, e notificar a mãe da criança.
A responsável compartilhou o caso com outros familiares, o que resultou em uma série de denúncias. Segundo os pais, as crianças relatam tapas e puxões, além de já terem chegado em casa com marcas e arranhões pelo corpo.
Um inquérito foi instaurado pela 1ª Delegacia de Polícia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente da Capital (DPCA/Deca), que apura as denúncias.
Smed se pronuncia sobre o caso
A escolinha tem convênio com a Prefeitura do município, e a notícia chegou à Secretaria Municipal da Educação (Smed) através de uma denúncia feita pelo 156.
A Smed explica que a instituição é administrada por uma organização social civil, e que, durante este momento de averiguação dos fatos pelas instâncias competentes, a responsabilidade de organização da escola é da mantenedora.
Ressalta ainda que, ao receber a notícia e entrar em contato com a escola, a administração do local já havia, inclusive, realizado o desligamento das docentes suspeitas.
Em nota divulgada sobre o assunto, a Smed se coloca à disposição para prestar assistência pedagógica e informa que, a princípio, não haverá suspensão de aulas.
Porém, completa que “será necessário fazer um ajuste temporário no atendimento, enquanto é organizado com a mantenedora a reposição de funcionários para atender em jornada integral”.
Como realizar uma denúncia contra maus-tratos infantis?
Para realizar uma denúncia, é possível registrar um boletim de ocorrência online através do portal Delegacia Online RS ou comparecer presencialmente na sede da 1ª DPCA de Porto Alegre, na Avenida Ipiranga, número 1.803.
A delegada responsável sobre o caso, Sabrina Dóris Teixeira, da 1ª Delegacia de Polícia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente da Capital (DPCA/Deca), afirmou que todas as partes envolvidas serão chamadas para depor.
Além disso, registros de imagens de câmeras de videomonitoramento deverão ser solicitados. As crianças envolvidas deverão ser encaminhadas para perícia.
