Quais são os benefícios econômicos e ambientais de ônibus elétricos em Porto Alegre? Confira estudo

Uma pesquisa avaliou o impacto ambiental e econômico diante da implementação de ônibus elétricos em Porto Alegre. O estudo foi entregue à Prefeitura de Porto Alegre nessa quarta-feira (9). 

A apresentação dos dados levantados foi feita durante a Conferência Mundial do Clima (COP27), que acontece no Egito, onde representam a Capital gaúcha o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Germano Bremm, e a diretora de Políticas e Projetos de Sustentabilidade, Rovana Reale Bortolini. 

Conforme Bremm, a avaliação da troca de matriz energética faz parte do compromisso firmado por Porto Alegre para zerar a emissão de carbono. 

O estudo, realizado pelo Centro Brasil no Clima e Instituto Augusto Carneiro, financiado pelo projeto Action Fund do Google.org e gerido pelo ICLEI América do Sul foi encomendado pela Smamus. 

“Quando assumimos o compromisso de zerar as emissões de carbono até 2050 na COP26, buscamos instrumentos para atingir nosso objetivo. Realizamos o Inventário de emissões de gases de efeito estufa, que apontou que a principal fonte poluidora na nossa cidade é o transporte, com 67% das emissões, sendo 11% de ônibus. Agora, contratamos esse estudo para avaliar a viabilidade econômica de mudarmos nossa matriz energética no transporte público de Porto Alegre”, explica.

Implementação de ônibus elétricos pode gerar economia de R$3,7 bilhões em Porto Alegre

No cenário avaliado pelo estudo, onde se imagina a substituição de toda a frota a diesel por veículos elétricos em 2023, Porto Alegre economizaria  R$ 3,7 bilhões até o ano de 2050, e R$ 9 bilhões se considerados os custos da poluição na saúde da população. “Em todos os cenários analisados, foi possível observar que, além de reduzir em grande medida as emissões de gases de efeito estufa, a transição da frota de ônibus do transporte público a diesel para elétrico mostra-se economicamente viável e positiva”, afirma o diretor de projetos do Centro Brasil no Clima, William Wills.