Queda nos indicadores de aluguel podem significar uma desaceleração deste mercado? Entenda

O preço dos aluguéis caiu na capital gaúcha em junho, conforme a divulgação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) na última quarta-feira (6), o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) dos aluguéis residenciais teve queda de 0,31% em junho, após alta de 0,59% no mês anterior. Com o recuo do índice, a taxa acumulada nos últimos doze meses passou de 8,83% em maio para 8,05% em junho.

Conforme divulgação, entre maio e junho, a única cidade a apresentar elevação na variação média do aluguel residencial foi São Paulo. Para as demais cidades registrou-se desaceleração, conforme ilustra o gráfico a seguir.

Já o comportamento das taxas interanuais (junho 22 / junho 21) ficou dividido. Duas cidade apresentaram desaceleração Belo Horizonte (de 15,96% para 7,89%) e Porto Alegre (de 8,06% para 6,29%) e outras duas aceleração São Paulo (6,49% para 8,23%) e Rio de Janeiro (de 10,33% para 10,43%).

“O Ivar deve começar a se assemelhar cada vez mais com o resultado acumulado do IPCA, uma vez que o IPCA vem sendo adotado como o indexador de contratos de aluguel residencial. A partir desse segundo semestre, essa taxa de variação acumulada dos aluguéis deve estabilizar em torno de 8% a 9%”, explica o pesquisador da FGV, Paulo Picchett em entrevista a Istoé Dinheiro.

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais – Ivar 

O IVAR foi desenvolvido para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil. 

Para calcular o índice, a FGV utiliza como base os valores praticados nos contratos de aluguel de imóveis residenciais em quatro cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

A próxima divulgação do IVAR ocorrerá em 9 de agosto de 2022.