Relações Exteriores da Ucrânia questionam tropas russas no país

Na Assembléia Geral da ONU, o ministro das relações exteriores, Dmytro Kuleba,  questionou hoje a permanência das tropas russas na Ucrânia e disse que Vladimir Putin negou o direito da Ucrânia de existir.

“Vladimir Putin negou o direito da Ucrânia de existir. Isso foi dito em um discurso terrível, que mostrou essa realidade sombria e dessa política revanchista que agora paira sobre toda a Europa.” disse Kuleba.

Putin reconheceu  duas províncias separatistas na Ucrânia, Donetsk e Luhansk, em discurso na segunda-feira (21). O presidente ainda questionou a legitimidade da Ucrânia como um país. Isso contribuiu para o aumento das tensões entre os dois países do Leste Europeu.

Kuleba afirmou que as declarações do presidente da Rússia são absurdas e infundadas.

“Estamos no meio da maior crise de segurança da Europa Ocidental desde a Segunda Guerra Mundial. Esta crise foi aumentada unilateralmente pela Rússia. As acusações da Rússia na Ucrânia são absurdas. A Ucrânia nunca ameaçou ou atacou alguém. Não planejamos esse tipo de ofensiva militar, ou atos de sabotagem. É absurdo. Isso desafia a lógica básica.”

A comunidade internacional que vem acompanhando as movimentações dos dois países percebe que as declarações de Putin desafiam os ucranianos.  

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que pretende prestar ajuda humanitária à Ucrânia nesta quarta-feira na abertura da Assembléia Geral.

Como começou a crise na Ucrânia

A crise na Ucrânia começou em 2013 quando o país optou por não assinar um tratado de livre comércio com a União Européia. Isso contribuiu para aumentar as tensões entre os grupos a favor da assinatura do tratado, os chamados pró-ocidente, e os grupos mais próximos da Rússia.

A influência da Rússia no país foi um fator decisivo para o adiamento do acordo comercial. Muitos que eram a favor do acordo iniciaram manifestações pelo país e hoje as tensões não param de crescer.