Servidores do INSS comentam condições precárias de trabalho, veja!
Em entrevista a Sagre online, servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) comentam sobre a situação precária de trabalho. Em greve desde março, os servidores reivindicam além de reajuste no salário para acompanhar a inflação dos últimos anos e a contratação de novos servidores, a categoria luta por melhores condições no ambiente de trabalho.
A Assistente Social do INSS, Grete Tirloni, que também é diretora do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência de Goiás e Tocantins (Sintfesp – GO/TO) afirmou a Sagre online que as condições de trabalho dos servidores do INSS são precárias.
“Há muito tempo estão precárias. Em 2015, tivemos uma greve cuja as pautas que reivindicamos foram basicamente as mesmas. O acordo de greve de 2015 que virou lei não foi cumprido pelo INSS, que vem nos enrolando até então, governo após governo. E hoje a gente vivencia no INSS uma realidade de poucos servidores para atender a enorme demanda que cada dia aumenta mais”, argumentou Grete ao site Sagre online.
Poucos servidores e capacidade de atendimento menor
Segundo a assistente social, o número de servidores vem diminuindo ao longo dos anos e isso prejudica a capacidade de atendimento.
“Já naquela época que foi feito esse estudo, o TCU apontou que para dar conta da demanda daquela época, que era menor que a de hoje, a gente precisaria de no mínimo mais 20 mil servidores. Esse número então caiu, a nossa capacidade de atendimento diminui, e isso tem decorrido na fila dos benefícios. Hoje são cerca de 3 milhões de benefícios no Brasil inteiro e a gente não consegue resolver com essa capacidade de servidores”, afirmou Tirloni.
Além de poucos funcionários, os servidores enfrentam infra-estrutura precária para realizar os atendimentos.
“Também temos sistemas que não funcionam direito, internet ruim nas agências, e hoje a maioria dos trabalhadores que fazem análises estão trabalhando de casa. Então estão em teletrabalho e estão arcando com os custos de internet, de energia e maquinários para trabalhar”. Tirloni disse ainda que os maquinários que o INSS disponibilizou para os servidores levarem para casa não suportam o sistema do próprio instituto.