Servidores Públicos de Salvador continuam em greve, incluindo professores da rede pública
Negociações entre os servidores públicos de Salvador e a prefeitura não avançaram e a categoria deve continuar em greve pelos próximos dias. O principal impasse está relacionado com o reajuste salarial. Além disso, os servidores também querem que os reajustes alcancem os aposentados e pensionistas do município.
Próxima assembleia está prevista para quarta-feira (4)
A próxima rodada de negociações entre o Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) e a gestão municipal será realizada nesta quarta-feira (4). Com a falta de avanço, a previsão é a de que ocorra uma paralisação de 24 horas, definida na reunião da última semana.
Impasse sobre a data-base
Segundo o Sindicato, o que for acordado como reajuste salarial deveria começar a partir de maio. “Então quando fosse receber o salário de maio que é no próximo mês (junho), já deveria perceber isso no contracheque. O que vai acontecer é que, o que for negociado ao final, terá que ser retroativo ao mês de maio”, disse a assessoria do Sindseps ao Bahia Notícias.
Professores pedem 33% de reajuste
Os professores da rede municipal de ensino de Salvador pedem 33% de reajuste salarial. Porém, segundo o secretário de Gestão (Semge), Thiago Dantas, em entrevista ao Bahia Notícias, disse que não há a possibilidade de arcar com esse valor.
No que diz respeito à proposta dos outros servidores, o secretário disse que as negociações têm avançado. “As demais estamos conversando com uma proposta de reajuste de 4%. O sindicato traz outros pleitos. O diálogo permanece. Essa semana ainda, ou no começo da próxima, teremos uma rodada de conversas enquanto esse panorama é avaliado”, disse.
Porém, o secretário acredita que, mesmo após a rodada de negociações, as greves ainda podem ocorrer. “Antecipamos discussões, fizemos uma série de rodadas com sindicatos, entidades e associações. Do ponto de vista do diálogo, não há que se pensar em movimentos grevistas. Espero que não. Espero entrar no entendimento porque a greve não é boa nem para o servidor nem para a gestão”, declarou.