Supermicróbios podem causar 10 milhões de mortes ao ano; entenda

Na terça-feira (7), foi emitido um alerta com informações do relatório “Preparando-se para os supermicróbios: fortalecendo a ação ambiental na resposta à resistência antimicrobiana pela abordagem de saúde única” divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo os dados revelados pela Pnuma, aproximadamente 10 milhões de mortes ao ano podem ser registradas no mundo até o ano de 2050.

Segundo a reportagem realizada pela Paula Laboissière, da Agência Brasil, para por fim aos micróbios, a Pnuma apoia a diminuição da poluição ocasionada pelos setores farmacêutico, agrícola e de saúde.

Medidas para combater os supermicróbios

Segundo o Pnuma, os supermicróbios são desenvolvidos e se tornam mais fortes quando plantas, animais, a medicina moderna e medicamentos perdem a sua eficácia e consequentemente, se tornam incapazes de tratar até mesmo infecções leves.

“A tripla crise planetária implica em temperaturas mais altas e padrões climáticos extremos, mudanças no uso do solo que alteram sua diversidade microbiana, assim como poluição biológica e química. Tudo isso contribui para o desenvolvimento e a disseminação da resistência antimicrobiana”, informou o Pnuma.

Segundo o relatório da Pnuma, essa é a lista de sugestões para o combate dos supermicróbios:

  • Multiplicar os esforços globais para melhorar a gestão integrada dos recursos hídricos, como promover o abastecimento de água, saneamento e a higiene;
  • Estimular que países integrem um enfoque ambiental aos planos de ação em nível nacional relacionados com o meio ambiente, como programas nacionais de gestão de resíduos e poluição por químicos e planos de ação em matéria de biodiversidade nacional e planejamento frente à mudança climática;
  • Estabelecer padrões internacionais relativos a indicadores microbiológicos adequados de resistência antimicrobiana a partir de amostras ambientais;
  • Explorar opções para redirecionar investimentos, estabelecer incentivos e esquemas financeiros inovadores, bem como justificar o investimento no sentido de garantir financiamento sustentável, incluindo a alocação de recursos internos suficientes para enfrentar os supermicróbios;
  • Reforçar o monitoramento e a vigilância ambiental, bem como priorizar a pesquisa para fornecer mais dados e evidencias que fundamentem melhores intervenções.