Taxa de desemprego cai no 2º trimestre e atinge menor patamar desde 2015, mas trabalho informal bate recorde; saiba

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, nesta sexta-feira (29), uma queda na taxa de desemprego no país, que representa agora 9,3% da população – ou 10 milhões de brasileiros. Os dados, referentes ao 2º trimestre de 2022, fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). Nos três primeiros meses do ano, a taxa foi de 9,8%.

A porcentagem registrada pelo IBGE equivale ao melhor resultado num 2º trimestre no país desde 2015, ainda no governo da presidente Dilma Rousseff (PT) – naquela ocasião, a taxa de desemprego para o período ficou em 8,4%.

O número de “ocupados” também atingiu uma máxima histórica, com mais de 98 milhões de brasileiros trabalhando, uma alta de quase 9 milhões de trabalhadores em comparação ao número registrado no mesmo período.

Apesar da queda no número de desempregados, o levantamento demonstrou uma alta na taxa de informalidade. O número de trabalhadores sem registro formal atingiu um recorde: 40% dos brasileiros ocupados (39 milhões de pessoas) trabalha sem registro em carteira, um recorde. É o maior número já registrado pelo IBGE neste quesito, pesquisado desde 2016.

Em comparação com o primeiro trimestre deste ano, o maior número de novos empregados vem dos trabalhadores com carteira assinada: 907 mil novos empregos foram gerados, numa alta de 2,6%); entretanto, o maior crescimento proporcional foi o do número de trabalhadores informais (6,8%, equivalente a 827 mil).

A pesquisa divulgada nesta sexta também mostrou um aumento na quantidade de pessoas que trabalham por conta própria no país: hoje, 25 milhões de brasileiros não têm vínculo empregatício com uma empresa; neste número, estão contidos os empreendedores formais ou informais, com ou sem registro de um CNPJ próprio. É também o recorde de toda a série histórica.