Tragédia: Viaduto corria risco de desabamento desde fevereiro
Um grave acidente abalou a cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais) durante esta quinta-feira, quando um viaduto construído na Avenida Dom Pedro I desabou, matando pelo menos duas pessoas e deixando mais de vinte feridas. A obra cedeu em horário de movimento, caindo sobre carros, caminhões e ônibus, onde fez vítimas fatais e deixou outras tantas feridas.
O local fica muito próximo à Lagoa do Nado, numa das regiões mais movimentadas da capital, próxima ao Estádio Mineirão (palco de semi-final da Copa do Mundo). A obra tinha previsão de término para até o início da competição da Fifa, entretanto como tantas outras não ficou pronta nem perto do prazo e agora propiciou uma grande tragédia.
Entre os dias 5 e 10 de fevereiro deste ano, jornais e sites da cidade alertavam sobre o risco de desabamento apontado por engenheiros após avaliações de avarias na obra. A prefeitura de Belo Horizonte por meio da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) afirmou que não haveria nenhum risco de desabamento e que tudo estava ocorrendo dentro da normalidade.
Em nota, a prefeitura de BH ainda em fevereiro, deixou claro (após interdição):
“A empresa responsável pela obra continua trabalhando para corrigir um deslocamento lateral ocorrido na estrutura da obra. Para a execução dos trabalhos de correção, o trânsito no local continua interditado.”
Após diversas polêmicas com a obra, grande parte da mídia mineira destacava que o viaduto corria grande risco de cair antes mesmo de ficar pronto, algo que agora, cinco meses após esta apuração, veio a tragicamente acontecer.
Queda de viaduto em Belo Horizonte
O viaduto que desabou em Belo Horizonte fazia parte de um projeto para transporte rápido por ônibus. A obra fica localizada na Rua Montese, no Bairro Santa Branca, que pertence a região da Pampulha, próxima ao estádio Mineirão e também próxima ao centro de treinamentos do Atlético Mineiro, utilizado durante a Copa do Mundo.
Desde fevereiro notícias davam conta de que a obra haveria cedido 30 centímetros e corria graves riscos de desmoronamento.
