Tratamento diferente? Renato Gaúcho solta o verbo sobre treinados “protegidos” no Brasil
O cenário do futebol brasileiro tem mostrado uma crescente presença de técnicos estrangeiros no comando dos times da Série A do Brasileirão. Recentemente, a chegada de Álvaro Pacheco ao Vasco elevou para dez o número de treinadores de fora do Brasil nesta competição. Esse fenômeno tem gerado debates sobre a diferente percepção e tratamento pela mídia quando comparado aos técnicos nacionais.
Renato Gaúcho, conhecido por suas conquistas e pelo carisma, não se esquiva de debater essa questão. Em uma recente entrevista para o programa Jogo Aberto, ele comentou sobre o que ele percebe como uma tolerância maior da imprensa com os treinadores estrangeiros em detrimento dos brasileiros.
O que diz Renato Gaúcho sobre a situação dos técnicos no Brasil?
Segundo Renato, existe um tratamento diferenciado por parte da mídia, que tende a ser mais paciente com os estrangeiros. “Eu não tenho nada contra, tem espaço pra todo mundo. Depende da competência do treinador, seja ele português, espanhol ou outra nacionalidade. Só acho que a mídia ela tem um pouco de paciência mais com o estrangeiro” explicou Renato.
“O treinador brasileiro com sete, oito jogos sem vencer tem que ser mandado embora. O estrangeiro vem aqui, não são todos, mas maioria, coloca uma multa alta, aí tem que ter paciência. Eu vejo o pessoal da imprensa tendo um pouquinho mais de paciência com os estrangeiros. Estamos pecando nisso. Porque não estamos tendo a mesma paciência com os nossos?”, indagou o treinador gremista.
O Brasileirão atualmente vê uma mistura interessante de estilos gerenciais, com treinadores de diversas nacionalidades. Na topo da lista encontramos Abel Ferreira e Juan Pablo Vojvoda, os técnicos com mais tempo no cargo, seguidos por Pedro Caixinha (RB Bragantino), Artur Jorge (Botafogo), António Oliveira (Corinthians), Petit (Cuiabá), Luis Zubeldía (São Paulo), Gabriel Milito (Atlético-MG) e Eduardo Coudet (Internacional).
A presença de técnicos estrangeiros pode ser vista como uma oportunidade de aprendizado e troca de experiências, valiosa tanto para os treinadores brasileiros quanto para os próprios jogadores. No entanto, é crucial que haja um equilíbrio na avaliação de desempenho, garantindo que não se crie uma discrepância injusta que possa desfavorecer os profissionais do país.