Você já comeu? Estas são as 10 piores comidas brasileiras
Recentemente, a plataforma TasteAtlas, conhecida por seus rankings ecléticos sobre culinária mundial, divulgou um lista que chamou a atenção de todos, desta vez focando nos pratos menos apreciados da culinária brasileira. Fundado em 2018, por um empresário croata, o site reúne opiniões de pratos de todo o mundo, e dessa vez os brasileiros são o foco.
A lista, elaborada com base em mais de 4.900 avaliações, tanto de brasileiros quanto de estrangeiros, trouxe algumas surpresas com pratos que são queridos em diversas regiões do Brasil, mas que, ao que parece, não conseguiram conquistar paladares universais.
Quais pratos brasileiros estão entre os menos favoritos?
10. Casadinhos – Nota: 3,6
Adorados em festas de casamento e conhecidos por sua união de sabores como doce de leite e goiabada, os casadinhos, curiosamente, não conseguiram conquistar o paladar dos avaliadores internacionais, apesar de seu papel festivo e sua apresentação decorativa.
9. Mocotó – Nota: 3,6
O Mocotó, um ensopado robusto de patas de vaca e vegetais, tem origens na tradição portuguesa e é considerado uma herança da culinária sertaneja. No entanto, divide opiniões fortemente entre os degustadores.
8. Salada de Maionese – Nota: 3,6
Presente no churrasco brasileiro, a salada de maionese é caracterizada pela diversidade de seus ingredientes. Entretanto, esta mistura não foi bem recebida no contexto intercultural, talvez pela sua composição excessivamente variada.
7. Salpicão de frango (nota: 3,6)
Mais um clássico da culinária brasileira que também leva o polêmico ingrediente: uva-passa. Será coincidência?O salpicão é basicamente uma salada de frango com variações, bastante comum em festas de Natal. Às vezes, é incrementado com batata palha por cima.
6. Sequilhos (nota: 3,6)
A nostalgia de casa da avó não foi o suficiente para salvar estes biscoitos do ranking. Normalmente feitos de amido de milho ou polvilho, os sequilhos também têm variações de canela, café, milho, queijo e goiabada.
5. Maria mole (nota: 3,5)
O nome já entrega: uma sobremesa macia e muito popular em festas juninas. Feita apenas de açúcar, gelatina, coco e clara de ovo, o doce é conhecido como marshmellow brasileiro, mas nem assim agradou os participantes da enquete.
4. Quibebe (nota: 3,4)
O ranking, parece, não gosta de ensopados… Feito com abóbora, cebola, pimenta, gengibre em pó e leite de coco, este purê rústico serve tanto como entradinha quanto oferendas aos orixás das religiões afro-brasileiras. O Quibebe tem origem no idioma africano quimbundo, da região de Angola.
3. Tareco (nota: 3,2)
Feitos apenas de água, ovo, farinha de trigo e açúcar, os biscoitos tarecos têm origem no estado de Pernambuco, mas se espalhou para o restante do Nordeste. Mesmo agradando os ouvidos na música “Tareco e Mariola”, interpretada por Flávio José e composta por Petrúcio Amorim (“Eu me criei/ Matando fome com tareco e mariola”), não agradou o paladar dos votantes.
2. Arroz com pequi (nota: 3,1)
Arroz com Pequi é um prato típico da culinária brasileira, especialmente da região do Cerrado, onde o fruto é abundante. Em sua receita tradicional, o pequi é refogado por mais dois minutos até juntar com o arroz escorrido. Depois ele é temperado com sal e mexido abundantemente, tampado até o seu cozimento, finalizando com acréscimo do cheiro verde e servido quente. Típico brasileiro, mas que passou longe de aprovação no ranking.
1. Cuscuz Paulista (nota: 3,1)
O Cuscuz Paulista recebeu as piores avaliações. Preparado com fubá, azeitonas, ovo cozido, peixe enlatado e ervilha, essa refeição remonta ao século 19 e é normalmente servida no formato de pudim. A apresentação visual do cuscuz “deve ter um efeito impressionante nos convidados para o jantar”, avalia o TasteAtlas. Mas definitivamente não no paladar, segundo a lista. É considerado um desvio do cuscuz berbere, do norte da África, e do cuscuz nordestino, receitas que datam antes do paulista. Os puristas, claro, torcem o nariz. Mesmo assim, o cuscuz paulista se tornou um patrimônio do Estado de São Paulo.
Embora esses rankings possam afetar a percepção global da culinária brasileira, eles também servem como uma oportunidade de diálogo sobre os gostos e preferências gastronômicas que variam imensamente pelo mundo. Curiosamente, essa diversidade é o que torna a descoberta de novos pratos e culturas tão fascinante e integral para experiências de viagem e interculturais.