Você sabia? Única múmia egípcia do Brasil está no Paraná
Em 2018, o trágico incêndio afetou o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruindo o maior acervo de arte da América Latina. O valor da perda é incalculável para os estudiosos.
Desde o acidente no grande museu, a única múmia inteira originária do Egito em solo brasileiro é a Tothmea, que permanece em Curitiba, capital do Paraná. O outro exemplar original de múmia está no Rio Grande do Sul, porém, apenas o crânio.
Tothmea integra o acervo do Museu Egípcio e Rosacruz, no Bacacheri. O local é o maior complexo egípcio do Brasil, que além de contar com a múmia original, também abriga réplicas exatas de artefatos.
Múmia inteira permanece no Paraná
Do Egito ao Brasil, Tothmea está 10.011 quilômetros distantes do Egito, mas a viagem feita para chegar a Curitiba, teve outros destinos.
Em 1995, a múmia foi doada ao Museu Egípcio de Curitiba, pelo Museu Rosacruz da Califórnia, nos Estados Unidos. Ela foi encontrada em Tebas, na segunda metade do século XVIII.
Além disso, em 1885, a múmia foi dada de presente ao governo americano que visitava o Egito. Logo depois, foi adquirida pelo Museu de Round Lake, George West, onde ficou exposta até 1918.
Quando o museu foi fechado, a múmia ficou dentro de uma caixa e guardada em um celeiro, sem nenhum cuidado até 1939, quando um professor a levou para o Museu de Schenectady, local onde foi exposta algumas vezes e foi parar no porão.
De um porão a outro, em 1984, ela regressou para Round Lake e em 1987, adquirida pelo Museu Rosa Cruz San Jose, na Califórnia. Foram longos anos guardada até ser doada ao Museu de Curitiba, em 1995, onde permanece até hoje.
Foto: Divulgação/AMORC