Vale a pena viver na Argentina? Saiba como é morar no país atualmente

Atualmente, milhões de argentinos não conseguem manter suas necessidades, devido aos preços exorbitantes em decorrência do aumento da inflação. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), 4 em cada 10 argentinos são considerados pobres.

Entre as crianças, a situação é ainda mais trágica, sendo que mais da metade dos menores de 14 anos (54,2%) vivem abaixo da linha da pobreza. Ou seja, por volta de 6 milhões de crianças.

Além disso, os economistas projetam um crescimento ainda maior da inflação para este ano, superando os números de março e abril, quando atingiu 7,7% e 8,4% ao mês, respectivamente.

Moradores de baixa renda são afetados

O aumento dos preços atinge, principalmente, a população com renda menor no país. Isso porque a inflação aumenta majoritariamente o valor dos alimentos, o que constitui a maior parte das despesas de uma família argentina trabalhadora.

No entanto, o país conta com 35,5% da força de trabalho sendo informal (não registrado). Além disso, os autônomos foram o grupo que mais cresceu durante os últimos anos, mas nenhum deles tem paridade de salários com a inflação, aumentando seu sofrimento com o crescimento dos preços.

Os salários são baixos

Por outro lado, os empregos registrados também não garantem segurança e salários altos, protegendo-se contra a inflação. Embora haja trabalhos (taxas de desemprego são de 6,3%, segundo o Indec), os salários são muito baixos.

Em abril deste ano, o salário mínimo da Argentina era de US$ 170, o mais baixo da América do Sul, depois da Venezuela. Sendo assim, o salário mínimo é insuficiente para sustentar despesas básicas, como por exemplo, uma cesta básica.

A cesta básica de abril foi precificada em mais de dois salários mínimos equivalentes. E os “gastos básicos” ainda não incluem as despesas de moradia.

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