Ato do MTST reúne cerca de 2.500 pessoas no Viaduto do Chá

Um ato por melhores condições de moradia e para paralisação de ações de despejos contra ocupações de terrenos públicos e particulares na periferia de São Paulo, reuniu cerca de 2.500 pessoas na frente da prefeitura, no Viaduto do Chá, na região central da capital, na tarde da última quinta-feira, 20.

Por volta das 12h10 o trânsito estava bloqueado no Viaduto do Chá, entre a Rua Líbero Badaró e a Rua Xavier de Toledo. O trânsito na região só foi liberado às 16h30, quando se encerrou o ato.

De acordo com Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), os integrantes do movimento cobram “compromissos que a prefeitura fez e não cumpriu”. O principal deles é o avanço em projetos habitacionais. Além disso, segundo Boulos, a ocupação Dona Deda, no Jardim Ipê, região do Campo Limpo, na periferia da Zona Sul corre sério risco de reintegração de posse nos próximos dias.

Com gritos como “aqui tem um bando de loucos, loucos por moradia” e “MTST a luta é pra valer”, os participantes do ato saíram em caminhada da Praça da República por volta das 10h40, chegando à sede da prefeitura às 11h10. Representantes do governo solicitaram que fosse escolhidos representantes para subir ao gabinete e serem atendidos pelo secretário de relações governamentais Paulo Frateschi, mas quem os recebeu foi o vereador Nabil Bonduki (PT).

Após o encontro, Vanessa de Souza, coordenadora estadual do MTST, informou que a reunião teve avaliação regular, já que a pauta havia sido apresentada a pelos menos dois meses antes. “A prefeitura está sentada em cima da situação. Apenas hoje se mobilizaram”, disse. Técnicos da prefeitura devem fazer vistorias em ocupações do MTST na periferia da Zona Sul no início da próxima semana. Um novo ato deve ocorrer na próxima quarta-feira.