Bandeiras do Brasil são queimadas e ônibus pichados em protesto contra a Copa

Cerca de duas mil pessoas percorrem desde às 19h30 vias da região central, como a Avenida Paulista, e da Zona Oeste, entre elas Avenida Henrique Schaumman e Rebouças, em Pinheiros, contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. O ato é intitulado “se não tiver saúde, não vai ter Copa”. Esta é a quinta manifestação do gênero em São Paulo.

Na noite desta terça-feira, 15, o 5° Grande Ato Contra a Copa seguia pacífico, porém às 21h45 houve confronto entre manifestantes e a polícia militar. Após atravessarem à Ponte Eusébio Matoso e chagarem até a Avenida Vital Brasil, os manifestantes quebraram as vidraças de duas agências bancárias, na fuga, eles entraram na estação Butantã, Linha Amarela do Metrô. Pessoas estão sendo averiguadas e detidas dentro da estação.

Ao menos duas bandeiras do Brasil foram queimadas por grupos de mascarados na Avenida Paulista. Um desenho da bandeira nacional foi pichado em uma pilastra no Vão Livre do Masp. No lugar de ordem e progresso, foi escrito “não votar”. Ônibus que estavam no corredor da Avenida Rebouças foram pichados com símbolos anarquistas.

Aproximadamente duas mil pessoas (a PM informa 1,5 mil) enfrentam o dia mais frio do ano, registrado nesta terça-feira, 15, em São Paulo, além de uma chuva moderada, para participarem do 5º Ato contra a Copa do Mundo. A manifestação desta noite é intitulada “Se não tiver saúde, não vai ter Copa”. Os manifestantes estão concentrados desde às 18h, no Vão Livre do Masp, na região da Avenida Paulista.

Por volta das 19h30, a marcha teve início, bloqueando o sentido Rua da Consolação, da Avenida Paulista. A via foi desbloqueada 40 minutos depois, assim que os manifestantes tomaram o passagem que liga a Avenida Paulista à Avenida Doutor Arnaldo e à Avenida Rebouças.

Os participantes protestam por mais investimentos na saúde pública do Brasil. O principal mote é chamar a atenção para os valores gastos com a Copa do Mundo no Brasil, que vai ser realizada entre os dias 12 de junho, quando o Brasil estréia contra a Croácia, na Arena Corinthians ou Itaquerão, em Itaquera, na Zona Leste, e 13 de julho, em final a ser disputada no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Manifestantes mascarados, queimaram a bandeira do Brasil, logo no início da marcha. De forma irreverente, alguns participantes do protesto estão maquiados, como se estivessem feridos.