Estiagem histórica atinge centenas de cidades no Rio Grande do Sul

O número de cidades gaúchas em situação de emergência chegou a 380, mais de 75% de todos os municípios do Rio Grande do Sul. O motivo é uma crise de estiagem histórica, que atinge o estado desde dezembro de 2022.

As previsões da Sala de Situação do governo do estado apontam que a seca só chegar ao fim a partir do mês de maio, com o retorno das chuvas. Por enquanto, as prefeituras dos municípios afetados aguardam pela liberação de verbas e ajuda humanitária.

Governo federal presta assistência a municípios em situação de emergência

A declaração de situação de emergência permite às cidades afetadas receberem repasses do governo. Para a liberação da verba, é preciso que o decreto seja homologado em duas instâncias, do governo estadual e da União.

Nesta quarta-feira (15), o governo federal anunciou o repasse de quase R$ 8 milhões em verbas para 23 municípios em emergência no Rio Grande do Sul. A medida faz parte de uma série de medidas que têm sido realizados pelo governo federal desde o início do ano, somando um total de aproximadamente R$ 25 milhões que já foram investidos no combate da estiagem.

No dia 17 de fevereiro, o governador Eduardo Leite confirmou que os prejuízos da estiagem já chegaram na marca de R$ 13 bilhões, afetando diretamente cerca de 5,8 milhões de gaúchos. Leite definiu a atual seca como uma das mais devastadoras da história do Rio Grande do Sul.

Quando a estiagem vai acabar?

Um dos principais motivos para a atual crise da estiagem foi a atuação do fenômeno climático La Niña, que resultou em um menor volume de chuvas no estado pelos últimos anos.

Segundo informações da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), o La Niña está chegando ao fim, e seus efeitos devem diminuir gradualmente. O fim do fenômeno traz uma pequena melhora de forma imediata, mas mudanças mais significativas só devem ser sentidas a partir de maio.