Estudantes envolvidos em intolerância política em colégios particulares de POA serão ouvidos pelo MP

Alunos do Colégio Farroupilha e do Colégio Israelita serão ouvidos nesta semana pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). Os estudantes estão envolvidos em dois casos de intolerância política contra alunos que se declaram eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os casos não possuem relação um com o outro, no entanto envolvem jovens que fizeram críticas preconceituosas a colegas por fins políticos. O Ministério Público solicitou aos colégios que se manifestassem sobre o ocorrido, ao que as instituições responderam com os nomes dos envolvidos. 

De acordo com o MPRS, a Promotoria Regional da Educação de Porto Alegre está analisando os documentos enviados pelas instituições de ensino. Após este processo, serão agendadas audiências extrajudiciais com a promotora Regional da Educação, Ana Cristina Ferrareze, e os jovens. 

Conforme Ferrareze, as instituições de ensino afirmaram ter tomado medidas contra os alunos, previstas nos próprios regimentos internos. O Ministério Público se posicionará na questão a fim de evitar novos casos de intolerância política nas escolas. “O trabalho da Promotoria é na esfera coletiva e difusa, o que significa desenvolvimento de projetos nesses dois colégios que visem à prevenção da violência e de pacificação, além de projetos antibullying”, explica a promotora. 

Eleitores de Lula são atacados em escolas de Porto Alegre

Jovens do Colégio Israelita da Capital produziram um vídeo para a rede social TikTok criticado eleitores do agora eleito Luiz Inácio, além de xingarem negros, nordestinos e pobres. A instituição afirma ter determinado o afastamento dos alunos das aulas presenciais, fazendo com que estes tenham apenas Ensino a Distância (EaD).

Já no Colégio Farroupilha, uma jovem bolsista do Ensino Médio foi xingada pelos colegas em um grupo do WhatsApp após ela ter comemorado a vitória de Lula. O Farroupilha declarou que: “a conduta inaceitável de alguns estudantes não representa os valores da instituição e, por isso, houve a imediata aplicação das penalidades previstas no Código de Conduta e Convivência da escola”. No entanto, a punição deste caso não foi divulgada.