Inquérito para investigar atuação de diretor-geral da PRF nas eleições é instaurado pela PF

A Polícia Federal instaurou, na última semana, um inquérito para investigar Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A ação teve início após pedido do Ministério Público Federal.

Silvinei ganhou atenção de diversos órgãos e setores após ter registros das operações da PRF durante o segundo turno das eleições. Na ocasião, as ações foram executadas, em maior parte, no Nordeste, região em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia obtido mais votos no primeiro turno. 

Diversos vídeos de eleitores que não estavam conseguindo chegar em seus locais de votação em razão dos bloqueios da PRF circularam no dia do pleito. As imagens que mostravam agentes impedindo o trânsito de eleitores viralizaram nas redes e a frase “Deixem o Nordeste Votar” figurou em primeiro lugar nos assuntos mais comentados do Twitter. 

Bloqueios da PRF no dia da votação eram ilegais 

Segundo medida do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), práticas de bloqueio e fiscalização haviam sido vetadas em dias de eleição, a fim de não comprometer o processo eleitoral. No entanto, os policiais rodoviários executaram as ações ilegais após orientação contida em um ofício expedido pelo próprio diretor-geral da corporação. 

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, cobrou explicações da polícia rodoviária no dia do pleito. 

Vasques pode ser investigado por uma possível omissão em relação aos bloqueios das rodovias de todo o Brasil desde a divulgação do candidato eleito. As manifestações são consideradas antidemocráticas ao desconsiderar o resultado das eleições e pedir por intervenção militar.